quinta-feira, 26 de junho de 2008

Trinidad/Venezuela

Segunda Feira, 16/06 acordamos cedo e depois da burocracia normal de Trinidad para deixarmos o país, zarpamos. Dia de sol, vento de 10/15 kt na popa/través. Navegamos só com a Genoa. No meio da viagem fisgamos mais um Dourado que rendeu carne para uma semana. Chegamos em Los Testigos a noite, e cuidadosamente ingressamos no canal que separa duas das ilhas principais, onde tem as melhores ancoragens. Dia seguinte fomos visitar a unidade da “GUARDACOSTA” na ilha principal, para oficializarmos nossa presença na ilha. Lindíssimo visual das praias de areia branca em contraste com as montanhas. Tudo isto num panorama quase intocado pela mão do homem. Tartarugas, peixes multicoloridos de todos os tamanhos e uma vegetação submarina exuberante tornam o mergulho uma atividade mandatória na ilha. Mergulhando encontramos com um cardume de barracudas que vieram nos encarar! De Los Testigos seguimos para Isla Margarita. Lá ancoramos em Porlamar. Nos decepcionamos um pouco, pois a Ilha é muito suja e com trânsito caótico! Valeu para uma boa abastecida no super mercado! A noite fomos surpreendidos pela chegada da “tropical wave” trazendo um vento tão forte e tornando o mar tão agitado que tínhamos a sensação de estarmos navegando, mesmo ancorados com duas âncoras! Foi prudente aguardar até o tempo melhorar para seguirmos viagem sentido Cumaná. Novamente quase chegando à Cumaná um restinho da tal tropical wave nos surpreendeu após um ventinho amistoso de 15 kt, de repente estávamos com vento de 38 kt e um céu mais do que sinistro. Baixamos as velas à tempo e motorando o mais rápido possível em direção a Cumaná na entrada do golfo de Cariaco, na Marina Cumanagoto. Cumaná não tem muito charme mas conta com a colaboração dos pelicanos que tornam o local muito pitoresco.Lá encontramos com o Elio (veleiro Crapun), matamos a saudade e comemoramos com um belo sanduba do Mc Donald’s após tantos dias comendo o saudável Dourado... De Cumaná zarpamos para Mochima, um parque nacional. Sempre super atentos à qualquer movimento estranho ao nosso redor pois fomos alertados por muitos amigos e artigos que lemos sobre a pirataria nessas águas. No caminho encontramos o veleiro Amandla (Fabio e Marisse) com quem fizemos contato no rádio e seguimos junto para segurança de ambos. A aproximação a Mochima causa grande impacto, pois as paredes de rocha são impressionantes. De perto nossa boa impressão diminuiu um pouco pois a ancoragem fica exatamente em frente a vila e os moradores não nos receberam tão amistosamente. Passavam com seus barcos de pesca dando acenos ameaçadores e fazendo toda onda que podiam para balançar os veleiros. O local é muito tranqüilo e final de tarde foi belíssimo mas tratamos de levantar âncora assim que o dia amanheceu rumando para Puerto La Cruz. Foi uma bela navegada pois passamos entre os canais formados pelas ilhas e novamente encontramos com alegres cardumes de golfinhos vindo nadar com o Tutatis! Após 40 milhas chegamos à Puerto La Cruz, na Marina Bahia Redonda. Puerto La Cruz é também muito pitoresca! Na Marina convivem harmoniosamente, 24 gatinhos, muitas iguanas, velejadores e os pelicanos. Eu, Sandra ainda não tão harmonizada com as iguanas....mas com os gatinhos em compensação....são todos lindos e super bem tratados e cada meio metro um deles sai de baixo de um arbusto para brincar conosco. Fomos ao super mercado com o dingue ( Mamutmo). Navegamos por canais que permeiam a bahia passando por diversas casas que literalmente terminam na água. Uma Veneza moderna. Pena que a atual situação político-econômica da Venezuela está destruindo projetos bacanas como esse. Sentimos falta de um bote mais potente pois o pequeninho nos colocou num sufoco na volta com as compras e com o trafego marítimo dos botes maiores passando à toda por nós. Estivemos avaliando as marinas, e ficará inviável deixar o Tuta por aqui enquanto estivermos no Brasil. Elas não tem vagas secas disponíveis, e também a situação nesse país nos parece tão incerta que não nos sentimos seguros para guardar o barco. A internet nos permitiu buscarmos outras marinas em locais mais a frente em nossa rota. Encontramos vagas em Curaçao - Antilhas Holandesas, e aguardamos confirmação da reserva para la seguirmos. Pretendemos fazer algumas paradas em algumas ilhas no caminho. Tortuga e Los Roques estão na lista, assim como Bonaire.


Mochima

Mochima

Aridez do Parque Nacional de Mochima

Vila onde pernoitamos em Mochima










Navegando por Mochima











domingo, 8 de junho de 2008

Retorno a Trinidad

Após a curta estada em Grenada - Paramos apenas para o conserto do banco de baterias que estava apresentando problemas, zarpamos na Quinta Feira 05/06 as 11:00 horas para Trinidad.
Nosso objetivo da volta a Trinidad, foi apanhar a balsa de abandono que haviasmo encomendado, e também receber algumas peças do hélice que haviam sido remetidas pelo fabricante na Nova Zelandia.
A viagem foi tranquila, numa orça direta.
Chegamos a Trinidad de madrugada, as 2:00 da manha, aportando no pier da Alfandega.
Dia seguinte, tratamos de legalizar nossa estada no país e nos transferimos para a Marina Crews Inn, onde estiveramos antes.
Confusão para recebermos a balsa, e extraviaram a remessa das peças da Nova Zelandia.
Os dias que se seguiram, foi "lida" no barco - motor, consertos, lavagem e etc.. Pra não falar da faxina interna e reciclagem das roupas.
O calor de Trinidad é infernal, só a noite refresca um pouco.
Deu saudades das ilhas do Caribe!!! :(

Trinidad/Grenada/St. Vincent

Como a travessia do Canal do Panamá ficou impossível de ser feita este ano, o remédio foi executarmos o “plano B “ . Dia 07/05 Quarta Feira, madrugamos e deixamos o píer da Marina em Trinidad as 7:15. Um trecho de quase 90 milhas, mas com muito vento na aleta e mar agitado tornaram bem desconfortável a viagem. Muitas ondas passavam por cima da proa vindo estourar no convés. Tivemos até que reduzir o pano para não forçar o barco demais. Quase chegando em Grenada, fisgamos uma cavala, que foi nosso almoço do dia seguinte. Aportamos na baia de Saint George (Capital de Grenada) as 19:45, já noite. Cada dia tenho mais confiança nas cartas náuticas do nosso patrocinador. Incrível a precisão! Nos dias que passamos em Grenada, aproveitamos para conhecer melhor a ilha, visitando varias praias e lugares típicos. Pudemos constatar que estávamos efetivamente ingressando no Caribe, dadas as cores do mar e da areia, bem diferentes da que estamos acostumados a ver. Os fins de tarde são inconfundíveis e únicos, merecendo uma parada nas atividades para que possamos apreciar a beleza da explosão de luzes e cores. Grenada é constituída na verdade pela ilha principal que leva o nome do país, e por outras ilhas menores – Carriacou e Petit Martinique.É conhecida como a “Ilha dos Temperos”.Conhecemos a feira local e constatamos que é mesmo uma festa de cores e aromas.Noz Moscada,Aniz,Cardamomo,Canela,etc.Nessa feira pudemos provar muitas frutas típicas da região,o que no super mercado nunca encontramos em boa variedade. De Grenada fomos para Saint Vincent,onde conhecemos PSV( Petit Saint Vincent), Union Island,Canuan,Bequia,Tobago Cays,Mustique.Todas ilhas absolutamente maravilhosas com água muito clarinha,perfeita pra nadar e mergulhar.O marujo (Prieto) é um super catador de côcos e com isso mantemos nosso aporte de nutrientes a bordo pois o que não falta por aqui são generosos coqueiros! Durante grande parte de nossa estada nas aguas Caribenhas tivemos a companhia do casal de brasileiros Paula e Mario ( veleiro Pajé) e também do Elio ( veleiro Crapun),tornando nossas aventuras mais divertidas pois quando se está longe de casa os amigos do mar de tornam uma grande família.Vivemos juntos momentos tão intensos que as despedidas deixam sempre uma grande saudade e a esperança de se reencontrar na próxima ancoragem. 04/06/2008 – Estamos de volta à Grenada – Prickly Bay para a troca do banco de baterias do Tutatis.As originais já não estão dando conta do recado!! Finalmente pescamos novamente depois de quase um mês! Fisgamos duas barracudas! Preparei uma moqueca, apesar de dentuças e bravas as bichinhas são deliciosas!O marujo além de catador de cocos é uma grande pescador ... Infelizmente já é hora de deixar o Caribe pois a temporada de furacões iniciou no último dia primeiro. Feira em St. George


Feira em St. George


Grenada - St. George


Baia de St. George - Grenada


Bequia - St. Vincent - Tutatis ancorado (foto feita p/ Paula do Pajé)

Petit Saint Vincent



Petit Saint Vincent




Feira em St. George



Grenada - St. George




Sandy Island - Carriacou



segunda-feira, 5 de maio de 2008

Fortaleza/Trinidad

A estadia em Fortaleza foi a mais rápida possível, pois além de cara a Marina em que ficamos, as condições muito ruins - mal localizada, e facilidades para os iatistas bem fracas.
Como o nosso objetivo era chegarmos logo ao Caribe, decidimos zarpar o quanto antes.
Assim dia 20/04 domingo acordamos cedo para os preparativos da partida.
Combustivel, agua, supermercado - ultimas compras.
Finalmente por volta de meio dia, estavamos prontos.
A parada na Marina é feita de popa para o pier (péssimo por sinal), e no dia anterior, com os fortes ventos que estavam soprando o barco começou a desgarrar e ficar mais próximo do pier.
Achei por bem jogar a outra ancora.
Quando iniciamos o processo de recolhimento das ancoras para podermos sair, a ancora que havia jogado cravou no fundo, e tivemos muito trabalho - reboque, mergulho e etc, até que 3 horas depois conseguimos nos livrar delas.
Com o atraso, achamos melhor almoçarmos ancorados na saida da enseada do hotel e depois iniciarmos a viagem.
Ótima decisão, pois a noite foi longa...
Foram dez dias de travessia, marcados por muitos "Pirajas" - vento típico desta região, marcado por rajadas de vento até 25/30 nós, chuva, vento constantemente forte sempre pelo flanco direito e popa.



Na foto acima, uma andorinha do mar, pegou uma "carona" conosco no meio da noite. Com muita habilidade ela pousou no nosso bote e passou a noite acocorada.



Tivemos tres dias de mar muito grosso, que acredito ter tido origem por alguma perturbação no Atlantico Norte - depois confirmamos minha suspeita, e tivemos relatos de barcos que optaram por interromper a viagem entrando nas Guianas.
Chegamos a cogitar entrar em Korou também, devido as condições de tempo.
Mas sempre ao amanhecer, adiavamos a decisão.

Nossos "companheiros" golfinhos sempre nos visitavam de dia e a noite. Alias a noite era um show a parte, pois por onde o grupo se deslocava na agua cheia de plancton, ficava um rastro de luz.

Finalmente dia 30/04 Quinta Feira de madrugada, avistamos as luzes de Trinidad.
Amanhecemos circundando a paisagem da ilha, que contornamos pelo Norte, objetivando alcançar a enseada de Chagaramas, na Marina Crews Inn.
Incrivel a quantidade de barcos na enseada - veleiros de todas as nacionalidades, pesqueiros gigantescos, cargueiros, navios militares, e um cemitério imenso das mais diversas embarcações.
Estranhamos muito o cheiro que sentimos ao entrarmos na enseada, um odor de civilização que haviamos quase esquecido nestes 10 dias vendo somente o mar azul, com nossos companheiros golfinhos.
Átracamos no pier da fiscalização "Custom", e me encaminhei para o setor de imigração.
Uma hora depois estavamos legalmente no pais.
Dali rumamos para a Marina que fica ao lado.
Após os costumeiros afazeres de chegada, saimos para um passeio de reconhecimento.
A Marina é excelente.

Imagem do Tutatis atracado na marina (o ultimo da direita).
Segura, organizada e com todas as facilidades que um navegador necessita.
Pier de concreto flutuante, banheiros e chuveiros impecavelmente limpos, lavanderia self service, tv a cabo, agua, luz, internet wifi.
E o melhor, o preço muito melhor que certas marinas de Santa Catarina que o Tutatis conheceu no inicio da existencia.
Nos dias que se seguiram, o tempo voou numa frenética função de limpar, arrumar e concertar o barco.
Compramos muitos itens que o barco necessitava, pois as lojas tem preços, qualidade e quantidade de materiais parecidos com os EUA.
Conhecemos o casal Mario e Paula do veleiro Pajé, e combinamos passar o final de semana numa ilha próxima de Trinidad - Chacachacaré.
Foi ótimo para espairermos um pouco.
Dormimos na ilha, e de manha tivemos uma visita de um cardume de golfinhos.
Acompanhamos os "garotos" por mais de duas horas em nosso bote, e foi uma experiencia fantastica, chegamos a nadar com eles.
No dia que antecedeu nossa saida da Marina para a ilha, tivemos a noticia do super-congestionamento de barcos e navios no canal do Panamá.
E foi como um balde de agua fria sobre nossas cabeças, pois o planejamento que fizemos seria passar o canal em Maio ainda, para podermos navegar ainda em Maio entrando em Junho, rumo ao Pacifico Sul.
O planejamento foi feito em função do período de Furacões ao longo do equador, e o atraso na passagem do canal, significara um encurtamento de nossa estadia na polinésia, a melhor parte da viagem.
Estamos ainda estudando que atitude tomamos, mas ja estamos acionando o plano "B", que sera reduzirmos a velocidade da chegada no Panamá, e antenados com os acontecimentos daquela região, podermos decidir se pra lá proceguimos ou não.
Estamos no momento em Trinidad, planejando sair amanhã para Grenada e depois Santa Lucia no Caribe (um dia de viagem daqui).

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Recife/Natal/Fortaleza

Concluimos que o melhor seria zarparmos naquela noite mesmo.
E assim o fizemos.
A saída foi muito linda, em meio ao colorido das luzes do canal e da cidade.













A velejada começou bem, mas logo iniciou uma chuva constante que ficou conosco a noite toda...
No dia seguinte com a melhoria do tempo, arriscamos jogar nossas linhas de pesca.
Mal lançamos a primeira isca, um violento puxão arrancou o carretel da linha e este caiu no mar – ainda bem que o amarrei a um cabo grosso, junto ao console do timão.
Foi uma bela briga entre eu e o Luiz contra o dourado...
Pelo menos uns 10 kilos de carne de primeira foi o resultado da pesca.



















O menu dos próximos dias foi dourado, assado, gralhado, no vapor...














Nosso plano inicial era seguirmos direto para Fortaleza, mas chegada a noite, com a falta de vento, concluimos que dificilmente conseguiriamos chegar em Fortaleza em tempo do Luiz pegar o voo pra casa.
Assim, resolvemos fazer uma escala em Natal.
A chegada em Natal foi naquela noite mesmo.
Na chegada, logo no canal de entrada no Rio Potengi, demos de cara com uma ponte imensa ( a Ponte do todos) que não constava na carta.














A duvida era saber se haveira altura suficiente para passarmos sob ela.
Chuva, vento e noite, dificultam bastante a visibilidade e o raciocinio.
Pra completar tive uma pane do sistema de gps do ploter, que simplesmente se deslocou quase uma milha para a direita, mostrando que estavamos exatamente em cima do continente, quando estavamos no canal.
Por via das duvidas, achei melhor retornar para o mar aberto, a fim de termos tempo de raciocinar novamente.













Conseguimos ter informações da ponte com a ajuda da Bia, filha do Luiz via celular/internet.
A ponte teria 55 metros de vão livre, contra os 18 metros do mastro do barco.
O Ploter voltou a funcionar novamente, e proseguimos para o canal novamente.
Chegamos ao ancoradouro do iate clube do Natal, jogamos o ferro e fomos dormir.
Dia seguinte, o Luiz alugou um carro enquanto lidavamos com obtenção de agua e diesel.
Passeamos pela cidade e pegamos uma praia no final da tarde.
A noite o Luiz se foi...
Deixou saudades.
Dia seguinte cedo zarpamos para Fortaleza.
Ja de saida sentimos o vento que entrava mais forte.
Velejamos quase que 80% da viagem, ao contrario das etapas no sul.
Quando tomamos a proa de Fortaleza, finalmente, tivemos vento totalmente de popa, com intensidades variando de 12 a 20 nós o tempo todo.
Tinhamos a nosso favor também a correnteza que acrescia 1,2 nós a nossa velocidade.
faltando 15 milhas para chegar a nosso destino, ja na madrugada do dia 17, pegamos uma tempestade intensa com ventos de 28 a 30 nós, e muita agua.. muita agua, que durou quase 3 horas, atrasando nossa chegada.
Atracamos as 5 da manha no pier do Marina Park hotel, e fomos dormir.

sábado, 12 de abril de 2008

Salvador/Maceio/Recife

Depois de uma ótima estadia em Salvador, chegou a hora da partida.Acordamos bem cedo para terminarmos os preparativos para a viagem.No dia anterior eu havia feito a revisão do motor, fizemos também as compras de supermercado, faltando apenas o termino de abastecimento de água e combustível. Deixamos o “Terminal Turistico da Bahia” as 10:00 horas de Segunda Feira dia 07/04.Um vento constante soprava de leste, o que nos possibilitou velejarmos por um bom













tempo.A linha de pesca que tínhamos comprado emaranhou toda e tivemos que cortar fora um bom pedaço.A noite tivemos que motorar, pela inconstância de vento.


























A Sandra estava no turno de trabalho dela quando tivemos uma pane do piloto automático que começou simplesmente a fazer curvas alternadas sem ser comandando. Pulei da cama e fui em socorro dela. Até hoje não sei o que aconteceu, mas depois de um reset do sistema tudo voltou ao normal... deve ser coisa da Microsoft.. control Alt Del..













Como premio pela etapa cansativa, nos demos de presente uma parada na praia do Gunga, próxima a Maceió, com direito a um mergulho e uma caminhada na praia deserta.Voltamos a velejar direto para Maceió, la chegando no final da tarde.Depois de nosso contato com o Miguel (a gente tem mantido contato com ele duas vezes por dia no SSB), banho tomado, fomos com o bote até a praia onde tomamos um ônibus até a praia de Pajuçara. Devoramos algumas tapiocas, caminhamos um pouco e voltamos ao barco onde desmaiamos de cansaço.Dia seguinte Zarpamos para o Recife.Chegamos na manha seguinte, entrando no canal de Olinda que é ladeado por armazéns desativados, praças, e um conjunto de monumentos de um artista plástico Francisco Bennand.Aportamos no Iate Clube Cabanga, onde econtramos o veleiro argentino “Bahia Silencio” do Eduardo e seu filho Cruz, que já havíamos encontrado em Salvador. Varios outros veleiros estrangeiros também la estavam. Tivemos a noticia que o Luiz, meu grande amigo viria nos encontrar para fazer uma etapa conosco.Após a chegada as tarefas de rotina, limpeza, água, roupa lavada e etc..No dia seguinte, enquanto aguardávamos a chegada do Luiz, fizemos amizade com algumas famílias de velejadores, o Dominique e familia num catamaram, o Werner e sua esposa no Fee...Todos com o mesmo objetivo... a circunavegação.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Vitória / Abrolhos / Ilheus / Morro de São Paulo / Salvador

A estadia em Vitória foi ótima, e na noite que antecedeu nossa partida registramos o belo luar que avistavamos do pier onde o barco estava.













A primeira etapa da viagem Vitória/Abrolhos foi marcada por pouco vento, e mar muito agitado, onde tivemos que "motorar" quase que 80% do tempo. Estavamos preocupados com a pressão barométrica que baixava constantemente. Depois de quase um dia navegando contra a maré, achamos por bem nos abrigarmos num porto particular da Aracruz, uns 100 kilometros ao norte de Vitória para aguardarmos a definição do tempo. No dia seguinte bem cedo, levantamos ancora e prosseguimos na viagem.
Mais maré contraria e falta de vento, e mais motor!
Não sei o que acontecia com o mar, pois mesm sem vento, a quantidade de vagalhões em sequencia, tornavam a viagem muito cansativa.
O cansaço da viagem foi recompensado com a beleza da chegada a Abrolhos.
As cores do céu, do mar e da ilha explodiam a nossa frente, ampliadas pela linda luz de final de tarde.













Uma versão PB, em infravermelho.













Os dias que passamos em Abrolhos...












O"Tuta", repousando no ancoradouro.













No segundo dia no arquipelago, fomos visitar a unica ilha que nos é permitido o desembarque, mesmo assim acompanhado por agentes do Ibama.
A ilha Siriba, que é santuário de passaros, e pudemos fazer algumas fotos interessantes de grazinas em seus ninhos (o curioso filhote olhando quem os observava) :), e os atobas - o branco, mais comum na região norte e o marrom, que nós do sul estamos acostumados a ver.














O namoro do atobas.






































Depois de tres dias em Abrolhos, seguimos viagem para Salvador.
A foto baixo (crédito para a Sandra), foi feita na saida de Abrolhos, no lado norte da ilha principal, onde fica o alojamento do destacamento da marinha e do ibama que reside na ilha.













Durante a viagem até Salvador, a maruja desfruta do por de sol para ler um pouco.













As fotos abaixo são de Morro de São Paulo que passamos dois dias.
A Sandra vai escrever mais sobre isso depois.O barco que aparece na imagem, é o Tutatis.












Imagem da primeira e segunda praia em Morro de São Paulo.














Pernoitamos em Morro de São Paulo, e no dia seguinte bem cedo saimos para Salvador.
O trecho todo foi abaixo de chuva, hora leve, hora pesada com rajadas de vento até 20 kt.
A entrada da Baia de todos os Santos, foi feita utilizando informações do radar, pois a chuva não deu tregua.
Atracamos no Terminal Turistico da Bahia - uma grata surpresa as instalações da Marina, que fica localizada em frente ao Mercado Modelo.
A simpatia de todos os funcionarios que nos atenderam foi muito especial.
Permacemos em Salvador por uma semana, tempo suficiente para que eu fosse a Curitiba resolver alguns problemas.
A Sandra permaneceu em Salvador cuidando do Tuta.
Em nossa estadia tivemos a grata satisfação de conhecermos o casal Hanz e Sandra, que nos levaram para um tour pela cidade.
Passamos o domingo que antecedeu nossa partida, com o casal de amigos Saulo e Marlene que nos ofereceram um festival de Tacos delicioso. :)

sábado, 22 de março de 2008

Rio - Vitória

No dia que antecedeu nossa saida do Rio, gastamos boa parte da tarde abastecendo o barco de comida - supermercado longe, sem carro complica...
Dia 18/03, Terça Feira acordamos bem cedo para agilizarmos o abastecimento de combustivel e agua, pois no dia anterior a maré estava vazia no periodo da tarde.
Ainda quando na bóia, o Crespo passou por nós com seu veleiro para se despedir - ele estava vindo de Salvador indo pra Angra.
Aliás nestes dias de parada no Rio, ele nos deu várias dicas, e me conseguiu alguns softwares interessantes de navegação.
Zarpamos 10:15 da manha finalmente.
O dia não poderia estar mais bonito.
Apenas o vento que esqueceu de aparecer.
Fizemos algumas fotos na barra da Baia da Guanabara.


A viagem foi cansativa, pois velejamos apenas 20 % do tempo, devido a falta total de vento.
O ruido do motor e o mar picado não nos deixava dormir nos turnos de 3 horas que alternavamos.
No final do primeiro dia para compensar o cansaço, um cardume imenso de golfinhos (calculei mais de 100), vieram nos visitar, num dos momentos que velejamos. Nunca havia visto cardume tão grande e tão perto. Emocionante realmente.












No trajeto, quando navegavamos pela bacia de Campos, cruzamos com muitos navios, rebocadores, cargueiros, e também navios da Marinha.







Esta área tem um movimento intenso devido as plataformas petroliferas que la existem. A noite se via o clarão no horizonte fruto das chamas e das luzes das mesmas.
O nascer e por da lua foi um espetáculo a parte.












Na foto acima ja observavamos as montanhas que cercam Vitoria.
Esqueci de mencionar que no final do dia anterior a chegada, pescamos nosso primeiro peixe no corrico! Um espada de uns 3 kilos, que serviu de nosso almoço na chegada em Vitória.
Chegamos no Iate Clube Quinta Feira dia 20/03 as 16:00 horas.
Pudemos mais uma vez constatar a qualidade das cartas nauticas da Navionics, pois a baia de Vitoria é cercada de recifes, e na carta tudo mostrado detalhadamente.
Aproveitamos bastante a hospitalidade do pessoal do Iate Clube em nossa estadia.
Fizemos a manutenção e limpeza do barco nesses dias.
Comemos a tradicional moqueca capixaba na vespera de partirmos.
Nas tres noites que passamos na marina, tivemos um luar mais lindo que o outro.
Desde nossa partida, todos os dias quem vem sendo nosso anjo da guarda é o Miguel meu cunhado e minha mana querida Carmen, que tem tido toda a paciencia com a gente em manter contato via radio SSB, dando noticias da familia e incrementando as condições de contato para que possamos acessar a meteorologia para nossa segurança.

sábado, 15 de março de 2008

Aguardando a frente fria passar...

Sábado dia 15/03 e continuamos ancorados no Iate Clube do Rio, aguardando a melhoria de tempo. A previsão é que Segunda Feira ja tenhamos condições de levantar ancora com destino a Vitória no Espirito Santo.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Ilha Grande / Rio de Janeiro

Dia 12/03 "madrugamos", e 7:15 ja estavamos navegando rumo ao Rio. No caminho, enquanto eu cochilava, a Sandra teve a visita de um cardume de golfinhos, que insistiam em nadar junto com o barco. Velejamos pouco, pois os ventos estavam fracos, e tivemos que motorar 80% do tempo.Depois de quase 6 horas navegando começavamos a destinguir algumas silhuetas familiares da grande cidade.
A Pedra da Gávea foi o primeiro marco avistado, e em seguida o corcovado ao longe.Foi uma experiencia legal aproximar-se do Rio por mar, de um ponto de vista que nunca havia observado.
Algumas centenas de vezes eu me aproximara, mas pelo ar.
Emocionante entrar na boca da barra ao lado do Pão de Açucar, vendo os turistas nos observarem dos bondinhos.
No caminho mantivemos contato com a Polaca, minha mana querida que estava agilizando nossa estadia no Iate Clube do Rio.
Na chegada ao pier, ela quem nos recebeu - literalmente, recebendo os cabos para amarrar o Tutatis.
Pernoitamos no barco, com receio da frente fria que chegara junto conosco ao Rio.
Dia seguinte madrugamos novamente para retornar a Curitiba a fim de resolver alguns problemas, e podermos atualizar o Blog.

Fotos de Parati e Ilha Grande


Diálogo com um "local" de Parati :)

O "chá da manhã", na ancoragem em Ilha Grande.

Primeira semana ...

Quando planejamos a viagem, acreditamos que haveriam facilidades de conexão com internet pelas marinas e portos que fossemos passando.
Pelo menos nessa primeira semana, percebemos que não é bem assim, e por isso a demora para atualizarmos o blog.
Mas, vamos voltar ao assunto viagem.
O trecho de Guaratuba até Parati, foi interessante porque nos permitiu avaliar o trabalho de equipe que vai ter que existir durante a viagem.
Lembrei-me muito das trocas de turno dos vôos internacionais que fazia na época da Varig.
As sensações de estar no cockpit durante a madrugada, no silencio do mar e o isolamento da população das cidades nos fazem refletir muito o quão pequenos somos.
Quando passamos a lateral da região da ilha de bom abrigo, litoral sul de São Paulo, uma quantidade enorme de barcos pesqueiros, talvez mais de 80... A tela do radar enlouquecia de tantos pontos e alertas.
Houve um momento que do escuro do mar, surgiram clarões vindo do fundo, talvez algas !! Ou sei la??
As cartas de navegação que nosso patrocinador forneceu, são excelentes.
Uma precisão incrível.
Facilitam em muito as navegações.
Após a chegada em Parati, permanecemos na marina do Engenho, por dois dias, saindo de la para ancorarmos ao lado da "prainha" onde fora o "Rapunzel" do Marçal, vários outros barcos de bandeiras de vários países estavam ancorados também.. de graça, curtindo um visual bem mais intentessante que a marina.











Dia 9/03 zarpamos cedo da prainha em Parati, com destino Catimbau dentro de angra, onde almoçamos num restaurante de frutos do mar grelhados, muito original, encravado nas pedras da ilha (ver foto abaixo).
Após o almoço navegamos para o norte com intenção de aportarmos na marina do Bracuhy.
Como percebemos que iriamos chegar tarde a marina, que ficava dentro do rio Bracuhy, optamos por pernoitar numa ilha algumas milhas antes.
A ilha do Brandão, onde haviam alguns veleiros ancorados.
No dia seguinte cedo deixamos a ilha com proa do Bracuhy.
No caminho, o motor falhou algumas vezes, e somente no dia seguinte pude constatar que uma mangueira na saída do tanque de combustível estava 'mordida", impedindo o fluxo normal de diesel para o motor.
Efetuamos a troca da mangueira na marina Velrome, em Angra no dia seguinte.
Após o concerto, fomos até a marina do pirata em Angra.
Fizemos supermercado, comemos uma pizza, e zarpamos para a Ilha Grande para passar a noite.
Linda ancoragem por sinal.
Ilha Grande merece no mínimo um mes de estadia.