segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Austrália (primeiro mês)

Agora entendo porque tantas pessoas querem ficar por aqui...realmente esse país é tudo de bom!
O Zé foi para Curitiba, após nos instalarmos na Marina e conhecermos um pouco de Manly, onde estamos aqui em Brisbane.Já agilizamos reforma no saco da vela grande ( main) ,assim como um novo rizo na mesma ,que nos permitirá reduzir ainda mais a área velica nos dias de vento forte.Nosso toldinho do Cokpit também será reformado e impermeabilizado,ítem fundamental para nosso conforto à bordo.Tudo estará pronto em meados de dezembro.Apesar do custo de vida aqui ser bem alto,é um lugar extremamente fácil para qualquer tipo de manutenção no barco pois são oferecidos vários serviços de qualidade uma vez que a tradição marítima é forte.Impressionante o numero de embarcações de todo tipo transitando a qualquer hora e  dia da semana!
O Tuta recebeu mais uma visita querida, dessa vez foi a Rita Greca,minha amiga de longa data.Ficou comigo quase três semanas.Estivemos em Sydney e Byron Bay.Lugares que quero dar umas dicas para quem pretende vir para cá.
Em Sydney, além dos pontos turísticos imperdíveis, como a Opera House,Harbour Bridge,The Rocks,Botanic Garden achei demais as praias de Maroubra,Bondai,Manly e Shelly Beach.São praias sossegadas,com muitas ondas para surf e gente de bem com a vida. Os bairros ( subúrbios) Newtown e Paddington são absolutamente pitorescos e até bizarros! As feiras são sempre uma surpresa por lá, como cada bairro de Sydney,na verdade é como um distrito independente,tem sua própria prefeitura e assim por diante,tem também sua personalidade e as “tribos” que os habitam são totalmente diferentes.Nessas feiras,além do artesanato,sempre tem um show além das comidas mais variadas.O bacana de uma feira é que alguém sempre tenta inovar e é claro,os preços são mais acessíveis que no comércio em geral.
Em Byron Bay o astral é diferente.Lá o tempo passou devagar e os hippies que por lá estiveram nos anos 70 foram ficando e a cidade é composta de uma mistura das gerações desde então mas manteve o ritmo de paz e amor.Imperdível a caminhada até o Farol, a Main Beach e a feirinha que acontece aos domingos.Essa realmente ganhou em originalidade!
Bem, toda viagem tem uma roubada...a nossa se chamou Nimbin.Fomos até lá conferir o que seria de fato a maior comunidade hippie da Austrália e nos decepcionamos .Fui esperando cultivo de alimentos orgânicos, roupas tingidas à mão,brincos de miçangas...encontrei uma cidade linda por natureza,mas triste,suja e com decadente comércio apelativo de produtos com a estampa de uma folha de maconha.Na verdade quase tudo lá,gira em torno da própria e foi difícil até mesmo encontrarmos um local mais “corado” para comer.Aliás,café e bolinho da melhor tradição inglesa que valeram a empreitada.Voltamos rapidinho para aproveitar o resto do dia na praia de Baron Bay.
De volta à Brisbane, fizemos ainda um passeio turístico para ela conhecer no centro da cidade, o South Bank onde fica o centro cultural bem em frente ao Brisbane River.Brisbane tem de fato ares de primeiro mundo.Uma charmosa e muito bem dosada mescla de antigo e moderno são cenário comum para pessoas que parecem transitar sem tanta pressa e tensão. O povo em maioria é de classe média.Nada de mais, nada de menos .Muito agradável não sentir o choque entre as classes que infelizmente,estamos acostumados em nosso país.
A Rita voltou para o Brasil e eu voltei ao batente no Tuta, do que já estava sentindo falta.A noite ele me acorda,balançando os cabos como quem diz: “ E daí marinheira...vamos? ” , nada disso rapaz, agüenta firme , sem o Capitão à bordo nada feito.Temos que ficar aqui na marina bem protegidos mais um tempo aguardando ele voltar.
Sandra

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Terra a vista!!

Por volta de 19:30 de ontem, avistamos a silhueta das montanhas e aos poucos a luminosidade das cidades da costa oeste da Australia.
A tarde foi uma mistura de vela e motor, devido a inconstancia dos ventos.
Com o inicio da noite, o vento frio e umido tomou conta do ambiente.
A chegada foi trabalhosa, pois a noite era muito escura e para piorar chuva intermintente.
Utilizamos os tres sistemas de cartas que temos, sempre verificando um com outro.
Por conta dessa prática, descobrimos várias falhas nas cartas.
Boia deslocada meia milha, boia inexistente, boia com cor diferente.. uma maravilha!
O resultado foi que ninguém dormiu a noite toda, pois passamos os dois ligados em cartas, com binoculos nas mãos e o nariz espichado la na frente.
Da entrada da baia de Brisbane até a Marina são 45 milhas, que muitas vezes navegamos com correnteza contra de 2,5 kt. Conseguimos chegar finalmente as 8:30 horario local.
Mal amarramos o barco ao pier, o pessoal da alfandega e imigração já estava ao lado do barco.
Meia hora após, já estavamos regularizados.
Depois disso o pessoal da quarentena.
Isso é uma história a parte que vou contar depois.
Pra encurtar, AU$ 330.00 e meia hora após uma busca geral no barco, passando por confisco de tomates, cenouras, passas e etc, estavamos liberado também.
Abastecemos e zarpamos para a Marina East Coast, distante 20 milhas de onde haviamos chegado.
East Coast sera a Marina que o Tutatis ficara durante o periodo de furacões.
Mais uma etapa.
Z

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Quinto dia (chegando...)

O final de tarde ontem foi muito lindo, com direito a "green flash" e tudo.
Green flash, é um fenomeno ótico que temos o privilégio de observar de vez em quando. Uma série de condições tem que coincidir para que aconteça. Mas resumindo, é quando o sol se põe, exatamente no momento em que ele desaparece no horizonte, por um segundo ou dois, uma luz verde toma lugar do amarelo/avermelhado do sol. Quem tiver interesse, sugiro uma busca no Google "green flash".. certamente vai haver explicação cientifica e fotos.
Mas de qualquer forma é lindo.
Depois do green flash, tivemos um show de uns passaros (parecidos com andorinhas do mar, bem maiores) que voavam em torno do barco, e em seu voo rasante elas como que "andavam" na água, tocando suas patinhas no mar, talvez em busca de algo para se alimentar.
Pra que assiste parece que elas literalmente caminham aos pulos na superficie espelhada do mar, devido a falta de vento.
Ao anoitecer avistamos no lado sul ao longe, grande atividade elétrica que iluminava o céu.. ainda bem que longe da gente.
Foi uma noite tranquila, motorando ainda.
Agora de manhã entrou um ventinho timido e aproveitamos para içar as velas, ajudando o motor, coitado.
Refiz a navegação, otando por entrarmos pelo canal norte da baia de Brisbane, pois como chegaremos a noite, este canal é bem sinalizado, pois é utilizado pelos navios. Vai aumentar nosso percurso, mas é bem mais seguro.
Com isso, prevemos chegar na entrada do canal as 2:30 da manha (13:30 Brasil), e chegarmos a marina (50 milhas após) ao meio dia (23:00 Brasil).
O tempo continua bom, pouco vento (mas gelado).
As cartas meteorológicas já mostram uma frente fria entrando pelo sul, na altura de Sydnei, mas não nos importunara.
Quando o possível mau tempo chegar, já estaremos comendo pipoca e assistindo filme na marina! :)

Nossa posição : S 26 27 , E 154 51

Tudo bem a bordo.

Z

Quarto dia

O mar continua calmo.
Incrivel como a vida fica mais fácil a bordo com o mar desse jeito.
Motoramos a noite toda, sempre com a ajuda da vela grande. Média de 5.5 kt.
De manhã aproveitei a calmaria para transferir o diesel dos galões para o tanque principal, e também para içar a Genneker novamente. Só que hoje não adiantou muito, pois o vento não compareceu como ontem. Assim, logo baixamos a "gorda" e guardei ela no saco.
Falamos com o pessoal de outros barcos que estão na área, muitos já chegando na Nova Zelandia, outros na Australia. Todos voltando se escondendo da estação de Furacões.
Recalculei nossa navegação e deveremos chegar em Brisbane depois de amanhã na hora do almoço (Quarta feira aqui, e Terça feira Brasil).

Tudo bem a bordo.

Z

sábado, 23 de outubro de 2010

Terceiro dia

Mais da metade já foi.
No final da tarde de ontem, como previsto, alcançamos o céu azul, e pudemos contemplar um belo por de sol, e mais lindo ainda o nascer da lua (cheia).
Estes momentos valem pelo frio, umidade e todos os perrengues que passamos.
Única coisa que não melhorou foi o vento, que continuou sumido e assim motoramos a noite toda - noite estrelada e tranquila.
De manhã, novamente visual maravilhoso da lua indo embora e o sol entrando no seu lugar.
Começou a soprar uma brisa, que virou um ventinho que nos motivou a montar a Genneker (a gorda como a chamamos carinhosamente), junto com a grande e estamos desde então velejando novamente, poupando nosso combustível.
No radio falamos com varios barcos que estão na travessia também, e tendo dificuldades com vento da mesma forma. Um inclusive pedindo ajuda a quem esteja por perto, pois vai ficar sem diesel pra prosseguir.
O Pacífico esta bem calminho hoje, e a previsão meteorológia para os próximos 4 dias é de tempo bom, mas sem vento.
Com isso provavelmente logo logo iremos motorar novamente.
Nossa posição : S 24 53 , E 159 38
Tudo bem a bordo.
Z
PS* Segundo dia seguido com vontade de comer amendoin japones, daqueles bem crocantes que quebram dente. :)

Segundo dia Noumea - Brisbane

Em 48 horas percorremos 300 milhas, uma média de 6.25 kt.. nada mal!
O mar que no início estava grande, diminui, e junto com ele o vento se foi.
Desde a noite de ontem estamos motorando para manter a média e chegarmos mais perto do continente, pois tenho receio que alguma frente ou perturbação meteorológica desprenda la da Tasmania e venha nos incomodar.
O tempo tem estado meio chato, parecido com o clima da nossa Curitiba de inverno.. umidade, garoa fina, vento frio.
A gente se alterna nos turnos de vigia no cockpit - 3 horas pra cada um. Lá fora, improvisamos uma "coberta" com o encerado que uso pra cobrir as gaiutas. A coberta nos protege 100% da umidade e nos mantém aquecidos e secos.
As vezes este barco parece acampamento de escoteiro.. tudo meio bem improvisado.
Dia desses postaremos uma foto da cama que fizemos na sala, pra utilizarmos no descanço durante a travessia.
Fizemos um tipo de "tipóia" com um tirante de nylon, que sai da lateral da parede onde o sofa esta montado passando pelo pé da mesa (que serve de base pra cama). O objetivo da tipóia é nos segurar no caso de rolarmos para fora da cama quando barco aderna.. uma graça!
No horizonte vemos tempo bom, mas a gente se arrasta e não consegue chegar.. ficamos sempre no meio desse mau tempo que não acaba.
Acredito que amanha deveremos ter atingido a longitude 160 E, e teremos bom tempo finalmente (de acordo com a previsão).
Nossa posição : S 24 10 , E 162 38.
Possivelmente nossa chegada prevista pra terça feira na hora do almoço (Segunda meia noite Brasil), devera atrasar pela falta de vento.

Tudo bem a bordo.

Z

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Noumea - Brisbane

Nossa estadia em Noumea - Nova Celedonia foi como as últimas ilhas que visitamos.
Mau tempo, chuva, vento forte todo o tempo.
Fora isso, no último mês principalmente estamos focados em janelas de tempo (meteorologia), visando chegar em Brisbane até o icício de Novembro, pois a temporada da Ciclones esta bem próxima, e o tempo por aqui anda bem atípico (como em todo mundo creio eu).
Nunca estudei e chequei tanto cartas, imagens e boletins meteorológicos em minha vida, nem na aviação!
A climatologia aqui nessa região é cheia de detalhes e nuances, que leva qualquer meteorologista ao descrédito, se este se arriscar a "prever" muito.
Bem.. finalmente a "janela" surgiu, e zarpamos de Noumea, deixando pra tras diferente de outras ilhas, uma vontade de voltar pra ficar um tempo conhecendo melhor.
Saimos ontem de manha por volta de 9:00, e mal saimos do molhe da marina, ja subimos as velas desligando o motor.
Ventos entre 18 e 24 kt, e swell entrando na lateral esquerda do barco tornam a travessia bastante cansativa, pois o simples ato de escovar os dentes é tarefa pra atleta contorcionista.
Ainda bem que não tivemos nenhuma trovoada nem chuva, apenas a agua das ondas que passa por cima do barco e borrifa no cockpit.
Nossa posição agora : S23 14.518 E164 00.253
Devemos chegar em Brisbane em mais 5 dias.
Tudo bem a bordo.

Z

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Noumea - Nova Caledonia

E as cartas (meteorológicas) não mentiram!
Como previsto na madrugada o vento entrou, e entrou forte com chuva fina, depois grossa durante toda a madrugada e o dia todo até nossa chegada.
Nova Caledonia fica na latitude 22 16 S, quase a mesma do Rio de Janeiro, mas o frio que estamos sentindo aqui é o nosso clássico frio curitibano .. umido e gelado.
Chegamos exatamente no por do sol pra variar.
Nova Caledonia - Adivinhe se o Capitão Cook não tem algo com isso! Por onde passamos em nosso caminho desde o Panamá, sempre encontramos alguma ilha, algum lugar onde Cook descobriu, ou passou.
O nome Nova Caledonia, segundo as referencias, foi dado por Cook devido a semelhança com a Escócia.
A ilha é enorme, e chegamos pelo lado leste, sendo que as principais cidades ficam no lado oeste, inclusive a capital Noumea.
O caminho foi longo, mas muito bonito apesar do péssimo tempo.
A paisagem se alterna entre montanhas, matas, cachoeiras e muito pinus típico dessas ilhas (uma variedade de pinus muito alto e esguio, que se destaca na paisagem das encostas das montanhas próximas ao mar).
A agua, parece ser muito limpa, e quem sabe iremos conferir.
Nossa intenção é ficar o mínimo possível na ilha, tempo suficiente para reabastecermos o barco, e efetuarmos alguns consertos (pra variar). Tenho que encontrar o fusível que queimou na viagem, e devolver o que "emprestei" do gerador eólico que nos fará falta.
Estamos ancorados em frente a marina Port Moselle, onde aguardaremos os oficiais de quarentena, alfandega e imigração.
Esperamos não ter problema com imigração alias, pois a Sandra não tem visto. Detalhe.. brasileiros precisam de visto retirado no consulado frances. Como tenho cidadania espanhola, não preciso.
Amanha eu conto.
Vamos descansar, pois o dia e a noite foram pesados.
Z

domingo, 17 de outubro de 2010

Lifou / Neumea (Nova Caledonia)

Aproveitamos bem nosso "pitstop" em Lifou.
Mergulhamos a manhã inteira e pudemos observar a riqueza de fauna e flora marinha da ilha.
A agua muito limpa (apesar de ja sentirmos um pouco de frio), com visibilidade acima dos 20 metros.
Em baixo do barco, varias caranhas enormes curiosíssimas e um Xareu imenso, com peixe piloto e tudo. Mas ao contrario dos mergulhos da Polinésia e Cook, os peixes aqui são extremamente ariscos... provavelmente devem ser caçados pelos franceses.:)
Já no raso, nos corais multicoloridos, pudemos observar nossos "velhos conhecidos" palhacinhos, anemonas, cofrinhos, cirurgiões, papagaios (enormes) e companhia.
No retorno do mergulho baixei a previsão meteorologica e achei mais prudente zarparmos para Noumea, pois uma frente se aproxima, e onde estamos não existe proteção adequada, fora o que, o fim do mês esta chegando e precisamos estar na Austrália abrigados da temporada de furacões que começa em Novembro.
Zarpamos as 14:00 hs, e devido a falta de vento estamos motorando.
Pela previsão deve entrar vento de manhã cedo somente.
Pra quem quiser checar nossa posição : S 20 55 / E 167 27
Tudo bem a bordo.
Z

sábado, 16 de outubro de 2010

A caminho da Nova Caledonia

Finalmente encontramos o Pacífico, pacífico!
O primeiro dia da travessia foi fantástico. Ventos de 15 a 20 kt entre través e proa, e mar de 1 metro, quase liso, o que nos permitiu uma média de 7kt as vezes 8.
Mas, como nem tudo pode estar perfeito o tempo todo num barco, de madrugada o vento parou, e no turno da Sandra, ela optou por motorar. Quando tentou ligar o motor, quem disse que ele partiu?
O painel de controle do motor, nem energizado estava. Morto.. completamente morto.
Virávamos a chave e nada.
Das três da manha até as dez, entre telefonemas para o Brasil com o Luiz, depois Marcelo da Yanmar, e muita leitura e mais ainda trabalho duro, descobri um fusível de 200A que vem da linha do alternador/motor de arranque até o banco de baterias queimado (discretamente). Ocorre que quem o montou, o fez bem escondido, num lugar de impossível acesso se que se desmonte metade do banco de baterias. Como eu não tinha de reserva este tipo de fusível, improvisei retirando o disjuntor do gerador eólico. Funcionou!
O fato é que perdemos metade do dia com isso, pois o vento simplesmente acabou no segundo dia.
Cansados e com a chance de entrarmos no passe que da acesso a Noumea a noite, optei por fazermos uma parada em Lifou, ilha do arquipélago de Nova Caledonia, onde chegamos a noitinha e ancoramos numa bela baía (baie de Docking). Após jogarmos o ferro, pudemos sentar um pouco no cockpit e curtirmos a bela noite com luar e muita estrela, observando os contornos, ruídos e cheiros que vinham da ilha.
Banho, e cama...
Acordei cedo com um ruído da ancora batendo nos corais.
Muito linda a ilha e a agua espetacular.
Acho que vamos passar o dia explorando a baía.
Amanha deveremos partir para Noumea.
Z

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Vanuatu ... Nova Caledonia

Passamos dez dias em Port Vila, e não pudemos fazer quase nada em nossa estadia, devido ao mau tempo.
Chuva e ventos fortes nos impediram de deixar a baía protegida de Port Vila para conhecer as demais ilhas do arquipélago.
Tínhamos muitos projetos de mergulhos em Espiritu Santo, onde existe excelentes mergulhos de naufrágio da segunda guerra.
O mau tempo também nos impediu de avançarmos um pouco mais em direção a Australia.
A baía estava cheia de veleiros que iam chegando se protegendo.
O pouco que conhecemos de Port Vila, nos mostrou uma cidade com pouca ou nenhuma infraestrutura, ruas esburacadas e pouca ou nenhuma calçada para os pobres pedestres que tem que se deslocar no meio de poças d'agua.
Pra variar o comércio é dominado pelos chineses, e os supermercados tem pouca variedade e baixa qualidade de produtos.
Conseguimos receber a peça do piloto automático e já concertamos no mesmo dia.
Optamos por não participar do Rally que sai de Port Vila e vai a Bundaberg (Austrália), e zarpamos hoje de madrugada em direção a Nova Caledonia (Noumea), onde esperamos chegar em dois dias e meio.
O tempo esta encoberto, e depois de muito tempo estamos recebendo vento na proa/través, oque nos faz orçar.
Estamos mantendo uma média de 6.5 a 7 kt.
Z

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Fiji

Após a burocracia de entrada, fomos conhecer a vila próxima a marina onde estávamos.
Muito indiano, muita confusão no pequeno mercado e pelas ruas e calçadas cheias de lojinhas de varejo.
Um pedacinho da Índia...
Optamos por mudar de marina no dia seguinte, pois a "Copra Shed" marina era bem mais atraente, com banheiros limpos, lavanderia, bar-restaurante e outras facilidades, por apenas mais USD 0,5 por dia.
Aproveitamos nossa estada para ajeitarmos o barco, e tentar achar a pane do piloto automático.
Infelizmente devido a burocracia de Fiji (três dias úteis para expedição da "cruising permit" ) e a nossa curta disponibilidade de tempo, tivemos que optar entre conhecer um pouco mais de Fiji ou Vanuatu.
Optamos por Vanuatu que ja é bem mais perto de nosso destino Austrália.
Zarpamos Quarta feira cedo, e por entre os canais que nos levariam a saída do arquipelago de Fiji, pegamos um mar bem agitado com vento de 20kt em nossa proa. Levamos o dia e a noite toda velejando/motorando nestas condições até que pudéssemos estar em mar aberto.
O segundo dia foi bem melhor, apesar do pouco vento fizemos 130 milhas.
São 680 milhas entre Savu Savu e Port Vila em Vanuatu, nosso destino.
Esperamos chegar Segunda Feira.
Nossa posição atual é S 18 45 / E 176 01 , e estamos bem
Z

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Chegamos em Savu Savu

Realmente o Pacifico nos deu um refresco.
Foi uma passagem tranquila - balançante, mas tranquila.
Chegamos na marina (com a ajuda do Luiz via email) as 12:30.
Depois de 4 horas de burocracia legalizamos nossa estada na ilha, ajeitamos o barco, jantamos e desmontamos na cama.
O final de semana sera de exploração das arredores.

Z

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Samoa - Fiji

Estavamos ha dias observando a meteorologia, aguardando uma janela para partirmos para nosso próximo destino, que em principio seria Vavau (Tonga) ao sul de onde estamos, e depois seguiriamos a Fiji.
Finalmente apareceu a dita janela, porém o vento e o mar estavam soprando de Sul, e a bem de nosso conforto optei por seguir para Fiji, com paradas previstas para Wallis e Futuna antes.
Previmos sair domingo de madrugada, e 4 da manha acordamos com muita chuva e resolvemos ficar na cama mais um pouco...
Saimos da marina por volta de 10 da manha, com um belo sol, ajudados pelo pessoal do Zenitude.
Tudo ia bem, até duas horas apos nossa saida, quando repentinamente nosso piloto automatico deixou de funcionar.
Fiz todos os cheques possiveis pra descobrir a razão da falha.. Cheguei a conclusão que o controle do piloto automatico que fica no painel de comando no cockpit, devido a umidade (má instalação), entrou em curto.
Cinco dias sem piloto, numa travessia nesse "Pacífico" nos desanimou a prosseguir. Fizemos meia volta e pegamos o mar de frente..iriamos demorar mais de 5 horas pra voltar o que fizeramos em duas!
Nesse caminho, voltei a quebrar a cabeça, tentando isolar o painel de comando, e consegui faze-lo, dando os comandos pelo controle remoto (sem fio).
Após avaliarmos os prós e contra, optamos por prosseguir pra nosso destino.
Meia volta novamente e Fiji na proa!
O vento e mar estavam exatamente o que as cartas de previsão apontaram, e achamos melhor não fazermos paradas intemediarias, seguindo direto pra Suva Suva em Fiji.
Estamos navegando ha 72 horas, e por incrivel que pareça, estamos tendo uma ótima viagem - apenas o piloto automatico cai de vez em quando, provavelmente por algum impulso elétrico causado pela variação de tensão no circuito do barco.
Mas mesmo assim melhor que levar o barco na mão o tempo todo.
No segundo dia de navegação, fisgamos um Wahoo que virou estoque de uma semana de carne.
Alias, tanto eu quando a Sandra estamos meio "enjoados" de peixe - quem diria?!
Culpa de nossa estada em Suwarrow onde pescavamos todo dia, e comiamos peixe, carangueijo e lagosta todo dia.
Estamos prevendo chegar a Fiji amanha de tarde. Meio confuso falar em data, pois exatamente em Fiji passa o meridianos de mundaça de data, o que nos fará avançar um dia em nosso calendario, ou seja, amanha não sera mais amanhã, mas sim depois de amanhã. Vá entender!
Pra quem quizer acompanhar nossa posição : 16 06 S / 177 56 W.

Z

domingo, 19 de setembro de 2010

Apia - West Samoa ( mudamos de destino...)

Mudamos nosso destino de Pago Pago ( Samoa Americana) para Apia ( West Samoa),pois a encomenda que estávamos aguardando para buscar em Pago Pago ainda não estava disponível e não tinha nenhuma previsão de chegada portanto prosseguimos para Apia pois havíamos recebido boas referências do local.
Marina após seis meses!Que maravilha: água e energia à nossa disposição depois de tanto tempo.Fica difícil não nos censurarmos ao abrirmos uma torneira ou acendermos a luz...
Estávamos absolutamente carentes de provisões e aqui encontramos tudo que precisávamos embora os super-mercados sejam empoeirados e ofereçam pouca variedade de produtos os preços são muito melhores que na Polinésia Francesa.
Os homens aqui usam saias!Alguns usam sarongues amarrados na cintura mas outros usam saias de alfaiataria mesmo, com zíper e barra feita!São homens fortes de compleição bem grande,na maioria tatuados e de saia.Vimos casais em que a mulher vestia calça comprida e o homem vestia seu saiote.
A chuva não nos permitiu explorar melhor a ilha mas estivemos num dos hotéis tradicionais para um jantar com comidas típicas e apresentação de dança.Além de peixe,apreciam carne suína além de frango e carne bovina.Os acompanhamentos são super variados e adorei um prato feito com polpa de côco cozida na folha da árvore da fruta pão.Também comemos um prato de mamão cozido com molho de côco muito exótico e saboroso.A dança tem coreografia diferente da Polinésia embora o ritmo musical seja bem parecido.Os movimentos femininos exploram mais as mãos e menos os quadris e também esbanjam sensualidade, os masculinos são movimentos vigorosos que lembram movimentos de luta e os rapazes realmente deram um show!
Tivemos um episódio bem engraçado.Fomos surpreendidos numa manhã por um oficial da alfândega que veio para fazer uma vistoria no barco, e quem era o policial encarregado? Um cão! Sim, um labrador fofo que usava botinhas e colete da polícia.Achamos tudo lindo até a primeira sacudida em cima de nossa cama...farejou tudo procurando por drogas e como estávamos “limpos” ainda nos deu uma lambida na saída!
Demos uma boa geral no barco, tudo limpo e pronto para a próxima.

Sandra



quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Foi dificil.. mas partimos de Suwarrow

O barco ja estava com musgo no casco, sinal que ja deveriamos ter partido a mais tempo.
Falando em tempo, estavamos aguardando melhoria do tempo ja há cinco dias.
Finalmente ontem a noite os boletins meteorologicos davam uma tendencia a melhoria e hoje pela manha se confirmou.
Levantamos ancora as 10:00 hs (17:00 hora de Brasilia), e com dificuldade saimos pelo passe que tinha correnteza de 4 kt e ventos contra de quase 30 kt.
Foi molhado e batido, mas no final tudo certo.
Agora estamos navegando na proa de Pago Pago (Samoa Americana), onde deveremos chegar em tres dias.
Tudo bem a bordo.

Z

sábado, 4 de setembro de 2010

Suwarrow_ Cook Islands

Correção da correção...Suwarrow,é esse o nome de uma das nossas maiores surpresas em toda a viagem!
Já estamos aqui ha doze dias,o barco já tem algas no fundo do casco reclamando para velejar.Encontramos rapidamente a doce rotina da vida na exuberância desse pedaçinho de terra no meio do Pacífico.
Na manhã seguinte a nossa chegada fomos visitados pelos "guardas"da ilha, o James e o Apii, dois seres humanos daqueles que gostaríamos de conviver sempre.A ilha é parque nacional e eles são os responsáveis pelas formalidades legais de imigração assim como são os guias para alguns programas mais do que pitorescos.Estivemos com eles em uma ilhota próxima para caçar coconut crabs ( caranguejos do coqueiro).Na mesma noite promoveram uma bela festa onde cada barco contribuiu com um prato e eles prepararam os caranguejos.Como essa, participamos de quatro festas semelhantes, sempre partilhando e assim conhecendo novos sabores e fazendo novos amigos.Eles sempre super animados,abrem sua modesta casa e nos recebem com a maior alegria.Foram verdadeiros festivais de peixe,lagosta com direito a fogueira e violão no estilo mais simples possível como gostamos.
Muitos viram baleias com seus bebes,inclusive o Zé quando voltava de uma pescaria.Eu não tive a felicidade ainda...
A ancoragem manteve-se sempre com no mínimo 12 barcos( chegamos ha 18 barcos).
Fizemos muitos mergulhos,tanto de scuba quanto livre.Aqui não tem Ciguatera portanto o Zé voltou à caça submarina a todo vapor. Há fartura de peixes e a água é perfeita,porém o problema são os tubarões,pois diputam cada peixe em grande estilo tornando a atividade ligeiramente estressante.Nem por isso estivemos sem peixe na mesa um dia sequer!
Conhecemos diversos pontos mergulhando, o padrão é sempre o mesmo, fantástico!Conhecemos também algumas ilhotas repletas de aves e filhotes em seus ninhos.O que nos entristeceu bastante, foi encontrar entre eles o lixo plástico que navega pelo mundo e vem se acumular entre esses pequenos seres colocando em risco sua vida.
Estamos aguardando o clima melhorar para zarparmos para Pago Pago ( Samoa Americana).

Sandra

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Cook Islands - Sowarrow

As últimas navegações no Pacifico tem me feito refletir muito no que estou fazendo no meio desse mar irritado, nervoso e chato.
Encontro a resposta quando chegamos a um lugar como este!
Os cinco dias de "rock and roll", muito mais roll que rock, simplesmente são esquecidos diante da generosidade da natureza com este atol Neo Zelandez esquecido no meio do nada.
Chegamos ontem exatamente na hora do por do sol, e tivemos tempo de apenas jogar a ancora e observar a noite com a majestosa lua (cheia) tomar conta do ambiente.
Com a luz do luar pudemos observar a transparencia da agua.
Contei doze barcos (conosco) encorados junto a um morrote povoado de coqueiros que nos protege um pouco da ventania consntante destes aliseos superalimentados.
De tão cansados, tomamos banho e fomos dormir (20:30)...
Uma correção da grafia equivocada da ilha na postagem anterior . Não existe Suvarow, mas sim Sowarrow.

Z

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Deixando a Polinésia Francesa

Depois de muita correria, internet, skype, Iridium e stress, finalmente conseguimos resolver o problema da reativação do seguro do barco - graças a minha amada irmãzinha do coração, motivo que estava nos impedindo de zarpar de Bora Bora.
Ontem por volta de duas da tarde soltamos o cabo que nos prendia a boia do iate clube de Bora Bora e tomamos a proa de Suvarow (Ilhas Cook), nosso próximo dstino.
O dia não poderia estar mais bonito, um sol gostoso e o caleidoscópio das cores do mar, céu e mata faziam o cartão postal de nossa despedida.
Até os golfinhos vieram se despedir da gente na saida do passe.
Levantamos as velas, e velejamos num mar tranquilo, coisa que ha muito tempo não sabiamos oque era.
Duas horas de navegação, um Mahi Mahi (Dourado) morde a isca... Depois de meia hora de briga, quando fui engatar o bixeiro para embarcar o peixe, este deu um ultimo salto, escapando do anzol, mas levando o bixeiro engatado!
Era um dourado muito grande só pra gente, foi meu consolo!
Perdi meu bixeiro que tinha comprado com meu amigo Saulo em Salvador.
Foi o dia da caça. :(

A noite foi tranquila, e durante as primeiras 24 horas fizemos 150 milhas.
Hoje, novamente outro dourado veio visitar minha isca (remendanda depois dos maltratos do dia anterior), só que este não escapou. Uma semana de castigo sem pescar agora, pois nosso congelador esta cheio.
Continuamos numa velejada tranquila, dia lindo, vento sul/sueste com 15kt e um swell de 1 metro.
Este é o pacifico que sonhavamos.
Esperamos chegar em Suvarow, dentro de mais quatro dias.

Z

Deixando a Polinésia Francesa

Depois de muita correria, internet, skype, Iridium e stress, finalmente conseguimos resolver o problema da reativação do seguro do barco - graças a minha amada irmãzinha do coração, motivo que estava nos impedindo de zarpar de Bora Bora.
Ontem por volta de duas da tarde soltamos o cabo que nos prendia a boia do iate clube de Bora Bora e tomamos a proa de Suvarow (Ilhas Cook), nosso próximo dstino.
O dia não poderia estar mais bonito, um sol gostoso e o caleidoscópio das cores do mar, céu e mata faziam o cartão postal de nossa despedida.
Até os golfinhos vieram se despedir da gente na saida do passe.
Levantamos as velas, e velejamos num mar tranquilo, coisa que ha muito tempo não sabiamos oque era.
Duas horas de navegação, um Mahi Mahi (Dourado) morde a isca... Depois de meia hora de briga, quando fui engatar o bixeiro para embarcar o peixe, este deu um ultimo salto, escapando do anzol, mas levando o bixeiro engatado!
Era um dourado muito grande só pra gente, foi meu consolo!
Perdi meu bixeiro que tinha comprado com meu amigo Saulo em Salvador.
Foi o dia da caça. :(

A noite foi tranquila, e durante as primeiras 24 horas fizemos 150 milhas.
Hoje, novamente outro dourado veio visitar minha isca (remendanda depois dos maltratos do dia anterior), só que este não escapou. Uma semana de castigo sem pescar agora, pois nosso congelador esta cheio.
Continuamos numa velejada tranquila, dia lindo, vento sul/sueste com 15kt e um swell de 1 metro.
Este é o pacifico que sonhavamos.
Esperamos chegar em Suvarow, dentro de mais quatro dias.

Z

domingo, 15 de agosto de 2010

Bora Bora

Entramos tranqüilamente em Bora Bora pelo passe Teavanui, que é o único da ilha.
Ancoramos a sudoeste da ilha protegidos pelo Motu Topua.A ilha é cercada por vários Motus que abrigam belos hotéis.
Nos impressionamos com a cor da água que exibe o mais lindo degrade que já vimos na Polinésia.Os tons entre verde claro e roxo que passam por tons de azul são difíceis de descrever e tem de ser vistos de perto!
O tempo esteve ruim nos primeiros dias e nos mudamos para uma das bóias em frente ao Iate Clube de Bora Bora.Esse iate foi parcialmente destruído pelo ciclone em 2009 e está em reconstrução, por isso não oferece suas facilidades habituais .A primeira bóia que pegamos nos deixou tão perto de um barco que a noite os barcos se tocaram, felizmente sem maiores conseqüências.Mudamos de bóia e ficamos bem instalados.
Demos nossa tradicional volta pela ilha com as bikes e na verdade tivemos uma ligeira decepção.Bora Bora , é ou provavelmente está bem diferente das outras ilhas em vários aspectos.Esse é o ponto de vista de cruzeiristas que somos,pois temos que ir ao super mercado,posto de combustível,temos que depositar o lixo e etc, assim acabamos entrando muito na vida de cada local por onde passamos.Nessa convivência mais "íntima", sentimos uma cidade suja,pouco acolhedora e infelizmente sem aquele cheirinho de flor que tanto nos encantou nas outras ilhas.Cresceu demais talvez...o comércio está ocupado pelos chineses e tudo custa muito caro! Encontramos fio dental por dez dólares por exemplo...
Um dos momentos mais bacanas foi que mergulhamos e vimos as belas raias manta!Elas entram na lagoa ,protegida pelos atóis ,vindo de alto mar para uma verdadeira simbiose com os peixinhos locais.Nadam entre eles lentamente enquanto os deixam comer as cracas de seus corpos.Se movem lenta e graciosamente transmitindo muita paz à quem está por perto.
O barco está em ordem,estamos apenas lidando com formigas! Provavelmente embarcamos um animado casal lá em Apataki que hoje já forma uma bela família.Mas logo logo nos livraremos das pequeninas.
Estamos aguardando que as previsões climáticas nos ajudem a definir o próximo destino nas Ilhas Cook.

Sandra

Raiatea e Tahaa

Nosso plano era seguir de Huahine diretamente para Bora Bora, mas resolvemos passar por Raiatea para encontrarmos com nossos amigos do Zenitude.Entramos em Raiatea após sete horas navegando, pelo passe Teauapiti e atracamos na doca em frente a vila.Essa doca é livre, quem chega pega o lugar de acordo com a disponibilidade, mas fica no meio da agitação e é claro que estranhamos os ares de "cidade grande"depois dos dias de sossego em Huahine.Aproveitamos para dar um pulo do super mercado e comemos uma pizza com Oscar e Graziela ,do Zenitude, para trocarmos idéias dos planos de viagem de cada um.
No dia seguinte já zarpamos para Tahaa no início da manhã.
Raiarea e Tahaa são muito próximas , apenas separadas por um estreito canal.Diz a lenda local, que eram uma só ,até o dia que uma gigante moréia se apoderou do espírito de uma jovem, e revoltada por estar no fundo do mar emergiu bruscamente tentando se libertar . E foi assim que rompeu a ilha em duas.Lendas a parte...Tahaa é menor e menos desenvolvida o que a deixou mais atraente para nós .Porém, não chegamos a desembarcar na ilha pois estávamos querendo aproveitar as boas condições do clima para seguirmos à Bora Bora.
Ancoramos na Baia Tapuamu, que fica bem em frente a três motos onde um deles abriga um belo hotel.Nos sugeriram um mergulho no tal "Coral Garden"que prometia maravilhas e lá fomos nós.Maravilhas a parte...era tão rasinho o local ,que os poucos peixes que se podia ver ,estavam em água mais do que turva pela areia levantada por pés ansiosos de turistas tão curiosos como nós !Nos olhamos por debaixo das máscaras e nos mandamos rapidinho...
O que valeu foi a bela vista de Bora Bora que tínhamos desse ancoradouro.Um verdadeiro show ver a silhueta da ilha ao final da tarde!

Sandra

Huahine

Passamos cinco ótimos dias em Huahine! Mudamos de âncoragem quatro vezes, primeiro para sossegar a âncora do Tutatis e depois para explorar a ilha que é belíssima.
Demos a volta na ilha pedalando, em torno de 50 km, e nesse percurso conhecemos alguns Maraes ( templos de adoração), colhemos várias frutas e sentimos o aroma peculiar das ilhas da Polinésia que mistura baunilha, flores e fumacinha de côco queimado.O povo amável mas quem é do ramo do turismo decididamente não acolhe muito bem os cruzeiristas.
Na ancoragem de Port Boruayne ao levantarmos a âncora, fomos surpreendidos pela corrente que se enrolou num coral e quem disse que soltava! O Zé mergulhou várias vezes e ao final , com ajuda de um amigo com seu dingue conseguimos!A última ancoragem foi na Baia Avea, um local super sossegado que ao final deixamos com uma dorzinha no coração.
Em Huahine, o que nos impressionou muito também foram as ondas que quebram fora do atol.Parece ser o melhor local de surf dessas bandas.São impressionantes, principalmente para quem as observa bem protegido do lado de dentro...alguns surfistas usam um pranchão e um remo e entram na onda remando em pé, acho que assim também se protegem um pouco tanto dos corais como dos tubarões.

Sandra

domingo, 1 de agosto de 2010

Moorea - Huahine

Já saímos de Moorea, sabendo que as condições não seriam as melhores, pois as análises meteorológicas mostravam uma frente estacionária sobre onde estávamos, e previsão de ventos de 25 kt com ondas de 2.5 a 3 metros, e com tendência a piorar para os próximos dias.
Como sempre saímos com pouco pano, ambas velas risadas.
Mesmo assim, fizemos uma média de 7 kt, e no final apesar do swell e ventos conforme o previsto, fizemos uma boa viagem.
Pouco antes de amanhecer, joguei as iscas na água e assim que a claridade do dia surgiu, fisgamos dois bonitos (atum amarelo) - um em cada linha, e brigamos bastante pra embarcar ambos ao mesmo tempo.
Carne pra dez dias.
Ao chegarmos a Huahine, ancoramos logo ao lado do passe do lado nordeste da ilha (protegida do vento), em frente ao hotel Bali Hai. Descemos até a ilha pra nos localizarmos.
Na volta ao bote, na saída do supermercado presenciamos uma cena pitoresca (pena não estar com a câmera), de um casal recém casados desfilando em carro conversível, acenando para todos. Já pensou se essa moda pega nas capitais dos países ocidentais?
A noite foi terrível, pois o vento apertou muito, com chuvas e rajadas. Nossa corrente da ancora não nos deixou dormir devido a briga constante com as rochas - o barulho é amplificado dentro do barco que funciona como uma caixa acústica.
Hoje amanheceu um dia cinza com chuva constante e a previsão para os próximos dias é de tempo instável e muito vento. Vamos aproveitar para cuidar de reparos e manutenção da parte interna da cabine e também para assistirmos aos filmes que nosso amigo Luiz nos deixou.

Z

Moorea

Como sempre o tempo passou voando em nossa estadia em Moorea.
Dez dias no total, que dividimos entre caminhadas por trilhas que nos levaram a alguns Maraes (templos a céu aberto dos ancestrais polinésios), riachos, e um belo belvedere de onde pudemos avistar as baias de Cook e Opunohu, uma pedalada em torno da ilha (60 km) onde pudemos curtir o lindo visual da ilha, vários mergulhos com snorkel e dois mergulhos com cilindro onde pudemos ver os enormes tubarões limão, uma tartaruga muito mansa que deixou ser abraçada pela Sandra enquanto nadava, e trabalho.. muito trabalho pra variar corrigindo serviços mal feitos pelo estaleiro.
Nossos amigos do Zenitude já haviam zarpado para Huahine/Bora Bora, pois seus visitantes precisariam estar em Bora Bora em breve para voltar a seus países.
No penúltimo dia de nossa estada em Moorea, fui até Papeete com o ferry, para comprar algumas peças pro barco. Experiência interessante, pois constatei que até mesmo grandes navios batem muito com mar forte.
Quarta feira ao final da tarde, levantamos ancora de Moorea com destino a Huahine.

Z

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Papeete - Moorea

Domingo dia 18/07 duas da tarde deixamos Papeete, rumo a Moorea.
São ilhas próximas (20 milhas), e motoramos o tempo todo. Proximos a Moorea, entrou um vento forte que serviu apenas pra molhar o barco que estava limpinho. Entramos no passe que nos levou direto a bela e imponente baia de Cook, e ancoramos. Detalhe, o motor da ancora pifou, e tivemos de baixar manual.
Foi uma noite agitada, pois o vento que nos recebeu na chegada, apertou mais ainda a noite, sacudindo o barco a noite toda, não nos deixando dormir.
Dia seguinte passei o dia desmontando e consertando o motor.
Ficou 100%!
Final da tarde aproveitamos pra pedalar um pouco e conhecer a vizinhança de nosso ancoradouro.

Apataki - Papeete

Finalmente leme consertado e bem melhor e mais confiável que quando saiu da fabrica. Deu trabalho, demorou mais, e custou mais caro que havíamos planejado, mas sentimo-nos mais seguros agora, sem os constantes solavancos que o leme solto provocava.
Chegou a hora de colocarmos o "Tuta" na água! A manobra deveria ser feita próxima do meio dia, quando a maré estaria na sua cota máxima. Tínhamos pressa, pois a melhor hora para navegarmos pelo passe era em torno de 13:40 até 14:30.
Mas nosso amigo "Murphy" sempre de plantão, estava apenas aguardando para aprontar! Barco na água, ainda na carreta, o Toni me pediu que acionasse o motor para ajudar a nos desligarmos da carreta. Achando que ele já havia verificado se o barco estava com a linha d'água coberta (o pescador de água do motor deveria estar submerso), liguei o motor. Perguntei em seguida ao Toni se ele podia ver a água que circulava pelo motor para refrigerá-lo saindo pelo escape. Ele disse que sim. Fiquei tranqüilo. Passados dois a três minutos percebi alguma coisa errada, o cheiro, o ruído.. não sei. Achei melhor desligar o motor, até porque o pessoal da marina achou que teríamos que aguardar mais meia hora para que a maré subisse um pouco mais.
Murphy já tinha agido!
Meia hora depois como planejamos, o barco estava livre da carreta. Liguei o motor novamente, nos despedimos e rapidamente saímos em direção ao passe. Não demorou mais que 5 minutos para que novamente sentisse algo errado. Um cheiro forte de borracha.. olhei os instrumentos do motor.. temperatura subindo rapidamente.. Apenas cortei o motor e jogamos a ancora onde estávamos.
Para não alongar no relato, duas horas depois, com o rotor da bomba d'água do motor trocada (eu tinha uma reserva), achamos ser tarde pra seguirmos viagem (eram 15 horas já). Explicando : o rotor da bomba desintegrou-se, pois funcionou sem água, devido a falha de comunicação.
Pernoitamos ancorados onde estávamos e dia seguinte por volta do meio dia navegamos até o passe. Como todos os passes nas Toamotus, agua agitada, correnteza vento contra.. tudo que tem direito. E nós, adrenados, super-ligados na manobra.
Dez minutos após, já estávamos navegando fora do atol, com proa do Tahiti - Papeete.
Já estávamos esperando ventos fortes e mar meio agitado, de acordo com as previsões que vínhamos acompanhando há dias. Ainda segundo a previsão, os ventos fortes deveriam permanecer mais uma semana, e não estávamos dispostos a ficar mais tempo em Apataki.
Interessante como nosso referencial de vento forte e mar agitado mudou depois de nossas ultimas travessias. O vento estava em torno de 25 a 30 kt, e o mar com ondas de 3 metros, vindo pela popa.
Foi assim durante o final da tarde, toda a noite e todo o dia seguinte tambem. Navegamos com a "tormentin" e a mestra no segundo rizo, fazendo média de 7,5 a 8 kt.
Quando escureceu no segundo dia, avistamos as luzes de Papeete e Moorea.
Entramos no canal do porto de Papeete, as 23:00 do dia 9 de Julho, e nos amarramos a doca do Iate clube de Papeete meia hora após. Muito bom o sistema de balizamento das ilhas da polinésia, mas melhor ainda a precisão das cartas de navegação que usamos.

Papeete.

Dia seguinte cedo zarpamos do Iate clube com destino a Marina Taina, onde nossos amigos do Zenitude nos aguardavam. A saída do porto foi meio confusa, pois estava havendo competição de Pirogas (canoas polinésias), e a baia estava uma festa.
Chegando na marina, conseguimos uma bóia e pudemos descansar.
Mias tarde descemos em terra firme e fomos até o supermercado comprar limões pra comermos com o Atum que pescamos no caminho.
Foi um choque total nossa entrada no Carrefour. Parecíamos bichos do mato, ou melhor do mar, deslumbrados com a quantidade de comida, bebida, frutas, verduras que não víamos há alguns meses.
O resultado é que do limão que iríamos comprar, acabamos enchendo um carrinho de compras.
A semana voou, entre atividades de provisionamento , consertos e compras de algumas peças de reposição para o barco.
Arriscamos ate uma volta de bicicleta.
Teve atividade cultural - assistimos a uma competição de arremeço de lanças ao coco ! : , e descascamento de coco. Muito interessante! (tudo documentado e prometo atualizar as fotos assim que tivermos internet decente!)
No ultimo dia de nossa estada assistimos a uma competição de danças típicas e cantos. Apesar de longa a programação, no final valeu a pena.
Chegou a hora de zarparmos pra oeste.

Z

domingo, 18 de julho de 2010

Apataki

Depois de muita quebração de cabeça achamos melhor tirar o Tutatis da agua para uma melhor avaliação do problema do leme.
Fora da agua constatamos que foi bem prudente termos tomado esta decisão.
Apesar dos poucos recursos da marina onde estamos, tivemos a sorte de encontrar um barco finlandes que esta ha mais de um ano por aqui, e que a bordo tem pessoas ótimas e muito experientes que estão nos ajudando muito a resolver o problema.
O Tapio e o Miko (pai e filho) são ambos engenheiros, só que em áreas difererentes da minha - mecanica e eletronica, mas com uma grande experiencia em construção e manutenção de veleiros.
A semana passou não tão rapidamente, por conta da luta constante contra os mosquitos, que tornam nossa vida bastante dificil.
Nossa rotina na semana, se resumiu no conserto do leme e na organizaçao e limpeza do barco.
Acredito que quarta feira (depois de amanha) deveremos voltar pra agua.
A familia que toma conta do marina, lideradas pelo Alfred e pela Pauline, tem ainda os pais do Alfred que apesar da idade trabalham o dia todo na ilha, cuidando da produção de copra e produção de ovos, fora isso o Toni que é o filho mais novo e que esta sendo preparado pra tomar conta da marina. Ele que tem feito a parte mais dura do trabalho do leme, pois o acesso ao local é bem pequeno, e precisa alguem com experiencia em fibra e epoxi.

Z

terça-feira, 29 de junho de 2010

Fakarava - Toau (novamente) - Apataki

Conforme o relato de nosso convidado Luiz, na postagem anterior, permacemos em Fakarava mais alguns dias para que ele pudesse conhecer a aproveitar um pouco da beleza deste atol.
A chuva e mau tempo impediram que fossemos ao lado sul de Fakarava, pois haviamos definido um planejamento da estadia do Luiz, ja que ele havia definido a data da partida e o local.
Assim que o tempo melhorou, zarpamos para Toau novamente, pois a ancoragem além de excelente, tinha muitos points de mergulho com fácil acesso.
A velejada foi ótima, e novamente no caminho fisgamos outro Wahoo que nos alimentou por três dias.
Os dias em Toau "voaram", entre mergulhos com e sem tanque, nadadas e caminhadas.
O vôo do Luiz de volta a Papeete sairia de Apataki, atol próximo a Toau.
Madrugamos no sábado de forma a chegarmos no passe na hora da troca da maré, período que se recomenda entrar e sair dos passes.
A entrada que parecia tranqüila, a partir do meio do caminho tornou-se tensa, pois a velocidade da maré saindo chegou a 3,5 kt, deixando o barco com pouco comando de leme, meio que escorregando para os lados, onde varias cabeças de coral o aguardavam.
No final tudo deu certo, e entramos na lagoa sem maiores problemas.
Do passe seguimos para a ancoragem do outro lado da lagoa distante 10 milhas, onde fica a marina que pretendíamos fazer a manutenção do leme.
O Luiz ainda pode desfrutar um pouco da ancoragem e do visual da ilha.
Dia seguinte cedo, levantamos ancora e seguimos para a vila, onde fica o aeroporto de onde ele iria embarcar.
Aproveitando o bom vento, içamos a Gennaker e fizemos uma bela velejada de despedida.
A ancoragem em frente a vila e a ida de bote até o aeroporto foram bem tensas, pois o tempo começou a virar, com ventos que aumentaram muito, e a correnteza que tentava levar o Tutatis para cima dos corais.
Mas deu tudo certo, e nosso convidado chegou a tempo para o embarque no grande aerporto de Apataki ! :)
Detalhe - ele era o único passageiro à embarcar!
A volta para o ancoradouro foi longa, pois o vento aumentou ainda mais e soprando em nossa proa.
Foi preciso motor e vela pra chegarmos a marina novamente.
Mal ancoramos e o mundo desabou!
Desde anteontem até hoje, muita água e muito vento sem parar.
O barco ficou vazio sem a presença de nosso amigo.
Agora estamos vivendo o dilema de tirar ou não o barco da água para o conserto do leme.

Z

Hora da partida ( do Luiz )

27/06/2010
Estamos velejando até o aeródromo de Apataki, donde seguirei pra as conexões em Rangiroa, Papeete, Ilha de Páscoa, Santiago, São Paulo e finalmente Curitiba. Serão 56 horas de vôo + aeroportos, mas valeu a pena: nunca vi um fundo de mar tão transparente, tantos corais, tantos tubarões, tantos eteceteras.
Foram 11 dias inesquecíveis na Polinésia Francesa, a bordo do Tutatis e mimado pela Sandra e pelo Zé. Até nos faz esquecer a falta de gasolina, laranja, limão, supermercado, internet, telefone... (mas até baguete quentinho existia em algumas ilhas).
Foram períodos de sol, de chuva, de vento, de calmaria, de mergulhos, de bate-papos interessantes, de refeições deliciosas no Tuta e de planejamentos diários pelo capitão Zé. Algo que as 2000 fotos me lembrarão quando a memória pestanejar. Trago de volta, sem usar, 3/4 das roupas que levei, afinal eu só devo ter vestido camiseta nas duas descidas às ilhas para jantar (Fakarava e Toau). Até um livro eu li (da biblioteca do barco), coisa que eu não fazia há uns 15 anos!
Fica aqui meu agradecimento à acolhida querida e desejo aos velejadores tantos locais paradisíacos como este ao longo do percurso restante.
Bons Ventos!
Luiz Renato

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Fakarava, um dos atóis de Tuamotus

Um estranho no ninho:cheguei (Luiz Renato) de visita ao casal Z&S dia 17.O6.
Tutatis me pegou a 30 metros do aeródromo e pouco depois já estávamos mergulhando entre garoupas, tubarões, caranhas e centenas de peixes coloridos de coral. Água a 28 graus, cristalina, fundo intacto e colorido. Presente para quem mergulha há 38 anos no sul do Brasil, onde as eventuais temperaturas abaixo de 18 graus são fatais aos corais.
Na sexta, o Tutatis pegou o primeiro dia de chuva deste ano (ancorado). Este atol, o terceiro em tamanho do mundo (lagoa central com 60 x 25km), com 248 habitantes em Rotoava, 17 veleiros nestes dias,tem uma baguete matutina muito gostosa, 2 hotéis bem típicos, um vôo diário para Papeete (400 km), sem frutas, sem gasolina.
No sábado, os kids nativos emborcaram (brincando)o dingue "Mamutmo" enquanto Z&S foram ao mercado. Uma hora depois, tudo funcionando novamente. Jantamos com o Oscar e Graziela (Zenitude) no Teanuanua, `a luz de tochas, servido por polinésio de sarongue, muito gostoso e tipico(o ambiente e a comida claro...).
Hoje (domingo) enquanto o Z&S assistiam Brasil 3 x 1 C Marfim num hotel, eu fui mergulhar (com uma operadora local)na passagem norte do atol (131 fotos). Depois tentamos seguir (com o Tutatis) para a passagem sul, mas o forte vento contra nos obrigou a retornar, para que não chegássemos à noite.
Vou encerrar por hoje, com um aroma delicioso vindo da cozinha...o que teremos para o jantar?
Como dizem os owners, tudo bem por aqui.
Luiz Renato

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Toau / Fakarava

O tempo passou muito de pressa e mal nos demos conta que ficamos uma semana em Toau.
Passamos os dias mergulhando, nadando ou fazendo snorkeling e tambem explorando as praias do atol com nosso bote.
A cor da agua dentro do atol, muda de acordo com o movimento da maré durante o dia.
Passa de azul, para azul escuro e roxo com areas em turquesa.
A quantidade de garoupas que passeiam entre as cabeças de coral é absurda.
Garoupas de todos os tamanhos e variedades desfilam sem medo. Parece que elas sabem que ninguem vai importuna-las porque portam a ciguatera.
Outro dia, depois de uma longa conversa com o Gaston ( dono do restaurante da ilha ), quando ele me mostrou um livro polinesio com as variedades das garoupas que poderiam ser consumidas, resolvi ir atras de nosso almoço.
Em meia hora de mergulho, identifiquei mais de meia duzia de peixes que poderiam ser arpoados.
Dentre estes, uma garoupa de uns 8 kilos...
Apos arpoada, subi a superficie recolhendo o cabo que prendia o arpao na arma, com o peixe arpoado...
Mal cheguei a superficie, vi surgir do nada meia duzia de tubarões galha branca enormes, circulando minha presa.
O maior deles se aproximou mais e numa só mordida cortou ao meio a garoupa ( vi a parte da cauda caindo no fundo ), e saiu levando o peixe e meu arpão. Fui rebocado por uma boa distancia até que o arpao se soltou (virou um "U").
Fiquei pensando se meu braço ou perna estivessem no caminho...
Muita adrenalina.
Perdi a vontade de caçar repentinamente!
Dia seguinte fizemos um mergulho com tanque com o pessoal do "Soggy Paws", veleiro de bandeira americana.
Maravilhoso mergulho alias, entre canyons e precipicios submarinos, napoleões e "nemos" brincando de esconde-esconde nas anemonas gigantes.
Ontem resolvemos levantar ancora de Toau, para conhecermos outro atol - Fakarava.
Saimos de madrugada, para entrarmos no horario correto dentro da lagoa.
Outra hora explico melhor essa coisa de hora correta para entrar na lagoa!
Chegamos a Fakarava 13:30 e ancoramos em frente a vila, ao lado do Zenitude, nossos amigos argentinos, de baixo de um aguaceiro.
O atol é muito calmo, e lindo como tudo aqui.
Hoje pela manha ja tinhamos programação - fomos visitar uma fazenda de perolas com nossos amigos do Toroa - Berry e Marie Anne (Autralianos) e o casal Zenitude - Oscar e Graciela.
Muito intrutiva a visita.
Durante a semana iremos explorar melhor a ilha.

Z

sábado, 5 de junho de 2010

Toau

Já descansados e recuperados da pior experiência que tivemos estamos curtindo muito Toau.
A vida já achou seu ritmo e por incrível que pareça as vezes não sobra tempo para fazer tudo que gostaríamos!
A comunidade de cruzeiristas logo se agrega e de repente temos compromissos sociais todo final de tarde. Ou rola um happy hour num dos veleiros onde cada um leva sua bebida e alguma comida para repartir, ou festas em algum local da ilha onde cada um leva um prato de típico de seu país.Muito divertido, como estamos todos distantes de nossos países em pouco tempo todos fazem amizade daquelas que parecem de anos.Trocamos experiências e ninguém está preocupado com o que fazem, trabalham, possuem ou quanto ganham na sua "vida real", mas apenas se fala sobre a vida à bordo que é o ponto em comum de todos.
Fizemos dois mergulhos de scuba que foram absolutamente fantásticos. A visibilidade é difícil de descrever, é um verdadeiro paredão que desce muito íngreme no azul profundo.Grande diversidade de peixes , plantas e corais, finalmente vi os peixes palhaço brincando nas anêmonas, uma graça!
A caça submarina é difícil. Aqui é muito comum a Ciguatera ( doença adquirida por consumo de peixes que a portam) e assim o Zé tem que cuidar muito no que atira e fica limitado. Para nadar é um show, tenho de cuidar para não esquecer de respirar pois me distraio com os peixinhos.
Trouxemos um cacho de bananas que amadureceram e viraram tortas e ainda temos muitas mangas que colhemos nas Marquesas, por aqui não ha nada de frutas ou vegetais para colher ou comprar, então vamos ficando enquanto temos comida à bordo...

S

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Ancorados em Tuamotus

Hoje por volta de 5:00 horas da manha avistamos as luzes de Toau, e entramos no ancoradouro 6:15.
A ancoragem é fantastica, totalmente protegida, com agua limpissima praias de ambos os lados com areia branquinha e muitos coqueiros, exatamente como nas propagandas.
Estamos exaustos e vamos tratar de descansar antes de arrumarmos a bagunça que o barco virou.
Amanha escrevermos mais sobre a ilha.

Z

terça-feira, 1 de junho de 2010

Terceiro dia.

Ontem foi um dia que queremos esquecer em nossa viagem.
Acredito que o pior que tivemos.
O mar muito grande e ventos que chegaram a 50 kt.
Desde cedo tivemos que baixar todos os panos e motorarmos apenas com a storm jib.
Estamos fazendo isso ate agora.
O mar acalmou um pouco mas o tempo esta pessimo, com chuvas intermitentes e ondas que quebram no conves a todo instante.
Um exercico de paciencia.
Devemos chegar a Toau amanha cedo (7:00 local, 15:00 brasilia).
Nossa posicao : S 14 53 , W 145 09

Todos bem a bordo.

Z

domingo, 30 de maio de 2010

Segundo dia Marquesas - Tuamotus

Logo na saida de Tahuata percebemos que o mar apesar das previsões serem boas, estava agitado.
Esta historia de Pacifico, deve haver algum mal entendido... deveria chamar-se "Agitado"!
A noite foi bem ruim, muita bateção e nada de sono.
Hoje de manha, amanheceu nas mesmas condições, mar agitado, e vento sul - sueste com 15 kt.
Ja fizemos 120 milhas desde ontem.
Hoje conversamos com os barcos que estão dois dias a nossa frente, e eles nos disseram que deverão chegar amanha de manha a Tuamotus. Disseram ainda que deveremos pegar alguma chuva no caminho.
Pesquei dois atuns hoje de manha, mas os devolvi para a agua, pois a tripulação ja esta meio enjoada da carne do pobre atum.
Vamos torcer pra entrar algum outro tipo de peixe na linha...
Tudo bem a bordo e nossa posição é: S 11 08 , W 140 41

Z

sábado, 29 de maio de 2010

Adeus Marquesas...

Ontem a tarde levantamos ancora da baia de Hiva Oa.
Os últimas duas noites foram bem agitadas, com chuva e muita marola, oque não nos deixou descansar muito, razão pela qual antecipamos nossa saida.
Optamos por não iniciarmos a nova travessia até Tuamotus ontem, pois precisavamos de agua, e a agua na baia de Hiva Oa é muito suja pra funcionarmos o watermaker. Assim, navegamos até a ilha vizinha de Tahuata (duas horas navegando).
Hoje de manha depois de fazermos agua e alguns reparos no barco, zarpamos em definitivo com destino a Tuamotus.
Em principio programamos para aportarmos no atol de Toau.
Serão 4 dias e meio de travessia.
O tempo esta bom, apenas algumas chuvas esparças.
Nossos amigos do Zenitude e do Toroa, ja sairam ontem e falamos com eles pelo radio hoje para sabermos das condições da rota.
Amanha escreveremos novamente.

Z

terça-feira, 25 de maio de 2010

Fatu Hiva, a caminho de Hiva Oa

Passaram-se quase 7 dias desde nossa chegada a Fatu Hiva, e neste tempo perdemos totalmente contato via radio para podermos enviar e receber nossos emails e atualizações do blog, devido a condição geografica da ilha - a baia fica numa ex-cratera vulcanica, cercada de montanhas de pura rocha em torno de quase todo o perimetro.
Hoje deixamos Fatu Hiva onde nao existe posto da aduana, para podermos fazer nossa entrada em territorio frances em Hiva Oa.
Conosco estão navegando lado a lado o Zenitude, o Toroa e o Joule, barcos que fizeram a travessia do Pacifico em comboio.
Devemos chegar la a tarde.
O mar esta um pouco agitado, com ventos de até 18 kt, mas o dia esta muito lindo.
Quando chegarmos a Hiva Oa, pretendemos atualizar o blog e responder a todos os emails, com a conexao de internet que esperamos encontrar.
Todos bem a bordo.

Z

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Terra a vista!!!

Lindo final de tarde..
Finalmente estamos avistando Fatu Hiva.
Ambos nos emocionamos com a visão de terra depois de tantos dias sem ve-la.
Muito lindo o contorno da ilha..
Devemos chegar em mais tres horas.
Vencemos a travessia.

Z

Vigésimo dia

Valeu a força! O Zé conseguiu resolver nosso "problema"com o hélice que agora quero contar...nós estávamos SEM HÉLICE!O perdemos o terceiro dia da travessia a 3000m de profundidade, e somente hoje, bem no dia da chegada o mar finalmente deu uma trégua e foi possível o mergulho para colocar o hélice reserva.Agora voltamos a ter potência no motor o que será ótimo para nossa chegada a Fatu Hiva.Estamos a caminho!Fortes Emoções aqui no Tuta...

Sandra

Décimo Nono dia

Quase...quase...
Estamos próximos à terra novamente.
Por enquanto ainda só na vela!Caso não seja possível resolver o problema do hélice já combinamos com o Barry do Veleiro Toroa e ele irá nos ajudar na chegada.
Estamos bem, e ansiosos! O Zé venceu ( por pouco...) o campeonato de milhas diárias.
Nossa geladeira está ficando vazia e não vemos a hora de comer frutas frescas.
Mandamos notícias assim que chegarmos, deverá ser dia 19 de maio no início da noite em Fatu Hiva.
Nossa posição: S 10 11 W 137 39.

Sandra

terça-feira, 18 de maio de 2010

Décimo Oitavo dia

Dia de paz!O vento esteve entre 15 kt e o mar mais tranqüilo.
O Zé tentou um mergulho para o reparo no hélice mas a ondulação ainda não permitiu, tornando a operação perigosa.Amanhã tentará novamente.
Nosso destino nas Marquesas está decidido será Fatu Hiva
Hoje pela manhã arriscamos outra manobra e foi um sucesso.Baixamos a Main e a Genoa e içamos a Gennaker.Na hora H claro que a escota enroscou no motor de popa do bote e quase me levou o dedão, mas finalmente tudo certo e ela se encheu linda e gorda como um balão!Com essa vela e o vento no través para popa o dia foi tão sossegado que pude até fazer pão...a gente se acostuma a depender do motor para as manobras mas com certa prática e habilidade é possível trabalhar apenas com as velas como faziam os antigos.Só não estamos nada animados à fazer a aproximação de Fatu Hiva apenas à vela...daí já será demais.Então amanhã contamos com a energia positiva de vocês para o reparo no hélice!

Nossa posição: S 09 07 W 134 59
Faltam APENAS 227 milhas!

Sandra

domingo, 16 de maio de 2010

Décimo Sétimo dia

Maravilha...dois atuns fisgados pelo Capitão!Um ontem a noite e outro hoje no final da tarde.Estamos garantidos por dias.Confesso que na próxima pescaria gostaria mesmo que fisgassemos uma pizza Caprese da Pizzaria Dom Carmino!Que saudades!!
Hoje o mar novamente nos deu uma trégua.Foi um dia mais tranqüilo.
Um navio cargueiro de bandeira alemã cruzou nossa proa,o Zé fez contato pelo rádio e soube que estavam indo para o Japão.Perguntaram se estávamos precisando de algo.Não avistávamos outra embarcação ha 11 dias.
Alguns veleiros da flotinha que partiu de Galapagos já está chegando nas Marquesas, alguns em Hiva Oa outros em Fatu Hiva.Ainda estamos resolvendo para onde vamos.Temos feito contato via rádio pela rede "Pinguin Net", duas vezes ao dia.
Nossa posição hoje: S 08 11 W 132 55

Talvez possamos chegar na terça-feira, se o vento e o mar ajudarem.
Tudo ok à bordo.

Sandra

Décimo Sexto dia

Mais uma tragicômica...na madruga um peixe voador investiu com tudo e acertou o estofado a menos de meio centímetro da minha orelha! Pânico...depois do grito voei eu para um lado e ele para outro.Tadinho do torpedo, o encontramos horas depois em um canto da nossa cozinha com escamas para todos os lados.
Nessa manhã nos aventuramos numa manobra radical e ensaiada e içamos a vela grande ( Main) finalmente.Mesmo sem o motor aproveitamos a energia das ondas e é claro que na hora H o cabo ( escota) engatou nos degraus do mastro( é o Murphy de novo), mas no final deu tudo certo.
O vento chegou aos 30 kt e após algumas tentativas o Zé conseguiu trimar as velas num ajuste que nos deu muito mais estabilidade usando a Grande e Genoa rizadas.O Tutatis ainda está pulando e batendo, mas muito menos que antes.

Nossa posição : S 07 12 W 130 26
Faltam aproximadamente 515 milhas!
Estamos mais animados com esse acerto nas velas depois de tantos dias chacoalhando!Tudo bem conosco.

Sandra

sábado, 15 de maio de 2010

Décimo Quinto dia

Temos duas novidades, uma boa e outra ruim...
A boa é que um dourado pegou nossa isca e foi fisgado pelo Zé!Era pequeno e rendeu duas porções hoje ja preparei a primeira e estava ótimo.A comida é o levanta moral do barco nessas horas e mesmo com dificuldade temos caprichado.
A ruim é que o mar cresceu muito novamente.Incrível, um dia de folga e hoje ao amanhecer o vento apertou de novo e com ele voltaram as ondas grandes e atravessadas.Em volta, tudo bonito, nenhuma formaçao no céu, dias claros ,e cara de bom tempo, isso é o que mais impressiona.
Nossa velocidade média caiu pois estamos saindo da faixa de correntesa favorável que vinha ajudando bastante.
Estamos bem.Nossa posição : S 06 30 W 128 13
Sandra

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Décimo Quarto dia

O mar está um pouco mais calmo, as ondas ,agora em torno de nove pés nos deram uma noite um pouco mais sossegada!
O vento permanece sueste em 15 a 18 nós.Mas a grande surpresa mesmo permanece sendo a condição climática dessa travessia.Todos os relatos a apontam como uma das mais tranqüilas do mundo nessa época!Estamos curiosos pra saber se é mesmo ano de El Niño, ou reflexo de alguma agitação vinda do sul ou se é mesmo a conta que a natureza está pagando pelo super aquecimento global.Enfim,aqui estamos e faltam "apenas"mais uns seis dias.
Fechamos a panificadora até o mar melhorar e o Zé tem nos garantido com deliciosas panquecas! Tudo sempre tem um lado bom...
Os peixinhos voadores voltaram a aparecer a mil por hora aqui ao nosso redor.Agora aguardamos os peixões voltarem a aparecer nos nossos anzóis!
Nossa posição: S 05 39 W 124 58
Estamos bem!

Sandra

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Décimo Terceiro dia

Já percorremos dois terços da travessia!
Infelizmente o mar continua muito agitado e as ondas entre 9 e 12 pés.Por isso não ha condições de resolvermos o problema do hélice e assim continuamos sem potência no motor.Mantemos nossa velejada apenas com a genoa pois qualquer mudança de vela nessas condições de mar e sem motor pode ser muito arriscada.
Nossa velocidade média tem sido entre 6 e 7 nós.
Acabaram as frutas e vegetais frescos, daqui pra frente vamos consumir as compotas, frutas secas e oleaginosas!
Estamos bem, com saudades dos pinheiros e friozinho da nossa terra querida.
Nossa posiçao: S 05 05 W 122 47

Sandra

terça-feira, 11 de maio de 2010

Décimo Segundo dia

Estamos ainda balançando sem parar...parece que o Tuta está numa máquina de lavar roupas com espuma de sabão e tudo que tem direito!
O vento ontem chegou a 30 kt, e vamos mantendo nossa velejada apenas com a Genoa rizada na maior parte do tempo.
Tarefas simples tem sido tão difíceis que chegam a ser tragicômicas.Ontem ao cozinhar, enquanto segurava uma panela com uma das mãos e me agarrrava para não cair com a outra, uma outra panela escorregou, bateu numa tabua , que bateu num talher que pulou numa tigela onde estavam os ovos e claro um pulou no chão!Com o balanço, em segundos o nutritivo ovinho entrou por todas as frestas possíveis do assoalho invadindo os paineiros.Por isso brincamos que o Murphy está sempre alerta por aqui! Sempre ha uma probabilidade do mais improvável acontecer pra quem está a bordo num mar tão agitado!
Estamos bem, aguardando uma possível melhora prevista para quinta-feira.
Nossa posiçao: S 05 04 W 119 41
Singradura de hoje: 153 milhas.Pelas nossas contas faltam aproximadamente oito dias!

Sandra

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Décimo Primeiro dia

Estamos bem, sem novidades à bordo.
O tempo continua bonito mas o mar muito grande e agitado.
Temos velejado a maior parte do tempo ainda com a Genoa rizada para tentar o mínimo de conforto.
Muito cansaço pela dificuldade em dormirmos nos últimos dias.
Já passamos da metade da travessia e agora em contagem regressiva!Pelos nossos calculos chegaremos à Hiva Oa na quarta-feira da próxima semana.
Nossa posiçao: S 05 03 W 117 01
Já percorremos 1630 milhas no total
Durante todos esses 11 dias,avistamos apenas algumas aves, golfinhos ,um avião e um veleiro que cruzou nossa popa.Mais nada!
Ao nosso redor estão apenas os peixinhos voadores que nos divertem com seu jeito engraçado de nadar voando pelas ondas.

Sandra

sábado, 8 de maio de 2010

Nono dia

O Pacífico parece não ser mais o mesmo de tantos relatos que nos incentivaram à fazer essa travessia!
O mar está agitado e confuso , com ondas grandes vindo no mesmo sentido do vento o que faz o Tutatis atravessar a todo momento.
Continuamos só podendo usar a Genoa para velejar uma vez que o mar não se acalma para o Zé consertar o hélice.
As noites tem sido bonitas e muito estreladas e perto das 3h, no meu turno vejo a lua minguante como um largo sorriso amarelo dizendo que tudo vai melhorar.
Felizmente não está mais chovendo e o bom humor está à bordo ajudando a superar as dificuldades.
Nossa posição: S 04 22 W 112 34
Já percorremos 1360 milhas e estamos chegando perto da metade da travessia!

Sandra e Murphy( o cara está firme aqui conosco ,não brinca em serviço e é participativo como ninguém hehehehe)

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Sétimo dia

O mar está picado de novo...que batedeira!
Estamos com um probleminha no hélice e por isso só estamos velejando com a Genoa para evitar as manobras que necessitam da potência do motor para a troca de velas.
O tempo está bom e a todo momento cai uma chuvinha fina que ajuda a manter o barco relativamente limpo.
Nossa posição: 03 47 S - 108 17 W
Percorremos 143 milhas e nossa velocidade média está em 6 kt.
Tudo bem à bordo.
Sandra

Sexto dia

O swell diminuiu e nossa vida voltou a melhorar com uma rotina mais confortável à bordo.
Voltamos a navegar com a gennaker em boa parte do dia e com ela rendemos bons 8 kt de velocidade media.
Ontem a tardinha o Zé fisgou um belo atum de uns 9 kg que deu muito trabalho pois era bom de briga! Mas no final se rendeu ao Capitão e hoje já foi pra panela.O atum do Pacífico tem um sabor bem forte, a carne é super vermelha muito rica em ferro e boa gordura mas não dá para exagerar na dose pois enjoa rapidinho.Temos preferido a carne do dourado e do wahoo que são mais suaves.
Nossa posição: S 03 40 - W 106 07

terça-feira, 4 de maio de 2010

Quinto dia

Noite mal dormida devido a batedeira que estamos.
O vento continua vindo de Sul/Sueste com 10 a 15 kt, mas o mar totalmente confuso, com ondas quebrando no costado de boreste.
Muito chata a travessia nesse ponto.
Nada de peixe, o que obriga nossa mestre cuca a se desdobrar na criatividade.
Mas devo dizer que nunca comi tão bem. :)
Pra quem nos acompanha no google, ai vai a coordenada de atual S 03 05 W 102 50, proa 246 velocidade de 7 kt.
Pela nossa estimativa, a manter-se o vento, deveremos chegar nas Marquesas em mais treze dias.

Z

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Quarto dia

Durante a madrugada acabou nosso conforto!Entrou um swell e estamos navegando novamente com a vela mestra e a genoa, rizadas para segurar a velocidade e com isso termos mais estabilidade.Interessante,mas numa travessia tão longa a velocidade não conta tanto quanto o conforto, pois com o barco muito adernado tarefas simples ficam difíceis e afinal de contas ainda temos muito mar pela frente...
Nada de pescaria por enquanto.Estou incrementando o cardápio com grãos para manter nosso nível de proteína na dieta.
Nossa posiçao : S 02 32 W 100 00
Ontem fechamos 154 milhas e estamos quites no quadro de apostas diárias que montamos no painel.O vencedor terá seu prêmio em Hiva Oa!
Estamos bem, embora com sonooooo...
Sandra

Terceiro dia

Após o horario do radio, começou novamente o vento que durou o dia todo de ontem e mais hoje até o momento.
Foi uma bela velejada, e chegamos a usar a Gennaker o dia todo, com velocidade média de quase 7kt.
Avançamos quase 500 milhas desde nosso inicio.
O tempo tem estado muito bom, mar calmo e vento constante.
Tudo perfeito exceto os peixes que nos esqueceram, pois desde nossa saida a tres dias nenhum visitou nossas iscas! :(
Para quem quizer conferir nossa posição no google... S 02 11 W 098 27
Tudo bem a bordo.

Z

sábado, 1 de maio de 2010

Segundo dia

De hoje até nossa chegada em Hiva Oa, Marquesas, vou mencionar o titulo da postagem do blog como segundo, terceiro, quarto dia e assim por diante.
Após nosso horario de radio com a "Pinguim Net", nossos companheiros de travessia, começou a soprar um otimo vento de Sul/Sudeste que nos possibilitou um grande dia de velejada.
Fizemos 138 milhas no primeiro dia, e por muitas horas mantivemos 8 kt de velocidade.
De vez em quando uma chuva fina refrescava a gente.
As linhas de pesca apenas deram banho nas iscas, pois nenhum peixinho se arriscou a mordisca-las.
A maior parte dos barcos do grupo estão bem a nossa frente, ja que sairam muitas horas antes da gente.
Estamos próximos de 4 barcos e durante o dia pudemos avistar um deles bem ao nosso lado.
Durante a noite o vento acalmou, e tivemos que motorar novamente, assim como o estamos fazendo agora, pois o vento simplesmente parou.
Acredito que teremos chuva no caminho hoje, e de acordo com o contato com nossos companheiros a pouco, todos estão nas mesmas condições.
Ontem teve bolo de banana, delicioso por sinal, numa tentativa de aproveitarmos as bananas que estão amadurecendo rapidamente.

Z

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Galapagos - Marquesas

A noite foi longa, motorada, com garoa e nada de vento.
Ainda cansados dos preparativos da saida no dia anterior, nos alternamos nos turnos.
Estamos num "comboio" de 8 veleiros que zarpamos juntos de Isabela.
Estabelecemos uma "net" de radio que foi chamada de Pinguim Net.
Todos os dias nos falaremos (o fizemos a pouco), em dois horarios - um pela manha e outro a noite, para passarmos nossas posições, reportes de meteorologia e eventuais necessidades.
Nos sentimos muito mais seguros viajando desta forma.
Serão quase 3000 milhas, ou 5400 kilometros que esperamos cobrir entre 23 e 27 dias.
O sol esta saindo la fora e uma brisa começa a soprar... hora de deixar o computador e subir as velas.

Z

Resumo de Galapagos

Passamos quase duas semanas em aguas do arquipelago de Colon - Galapagos.
Pudemos conhecer um pouco do que sobrou que tanto assombrou Darwin.
Conhecemos quatro ilhas do arquipelago, Genovesa, San Cristobal, Santa Cruz e finalmente Isabela nesta ordem.
Cada uma com sua peculiaridade.
A que menos tempo ficamos - uma noite e algumas horas da manha no supermercado, foi Santa Cruz, devido a péssima condição de ancoragem.
A que mais tempo permanecemos foi San Cristobal, pelo motivo oposto a Santa Cruz e também pelo fato de estarmos aguardando nossos amigos do Zenitude que estavam vindo do Panama.
Isabela, a última que estivemos e a maior de todas, mas com a menor quantidade de habitantes.
Fizemos varios passeios em todas elas, caminhadas, bikes, com barco e guia e até na garupa de camionetes.
Pudemos ver a heterogeneidade dos animais que habitam a ilha : pinguins, leões marinhos, cavalos marinhos, aves marinhas de todas as espécies e algumas endemicas, iguanas marinhos, tartarugas gigantes, mantas, tartarugas marinhas enormes tubarões de diversas espécies e uma quantidade de peixes bem diferentes das que conhecemos.
Infelizmente oque observamos foi uma exploração equivocada do turismo (ou do turista?) em todas as ilhas.
O objetivo principal que deveria ser a preservação da natureza, esta sendo trocada por dificuldades criadas ao turista para que este recorra aos "experts" e compre suas facilidades.
Tenho muitas duvidas do destino que se da a todas as taxas que se cobram para simplesmente estar na ilha.
Bem... chegou a hora de partirmos afinal.
As fotos (muitas), prometemos postar assim que chegarmos a polinesia francesa, num local com boa conexão com internet.
Ontem quinta feira (29/04) as 20:30 horario de brasilia levantamos ancora do porto de Villamil em Isabela com destino a Marquesas - Hiva Oa, nosso porto de entrada nas ilhas francesas.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

San Cristobal - Galapagos

Chegamos a San Cristobal depois de quase 16 horas de navegação pra variar motorando bastante, devido a corrente contraria e também ao vento que insistia em soprar em nossa proa.
Como não estavamos com paciência de orçarmos, seguimos direto com a ajuda do motor.
Chegamos a San Cristobal bem cedo (dia seguinte da saida de Genovesa), e achamos prudente aguardarmos fora da baia até amanhecer e podermos ver por onde entravamos.
A baia de "Baquerizo Moreno" é bastante cheia de barcos de turismo e de veleiros também.
Fomos "recepcionados" logo após a chegada por um leão marinho que simplesmente invadiu nosso convez enquanto arrumavamos o barco após a chegada, e o folgado instalou-se na minha almofada predileta, no posto de comando.
E quem disse que ele queria sair?!
O vai e vem até o porto é feito por barcos-taxi que cobram usd 0,50 por viagem/pessoa.
Melhor usarmos o serviço deles que nosso dinguie, pois o atracadouro é muito alto e "agressivo" para nosso pobre botinho de borracha.
Os dias passam rapidamente aqui, onde todo dia temos alguma atividade.
Fomos conhecer varios locais com nossas bicicletas, tartarugas, praias, vulcão, leões marinhos.. tudo logo relataremos com mais calma.
A internet na ilha é bastante precária - razão da demora em atualizarmos o blog e postarmos algumas fotos.
Neste Sábado deveremos zarpar para outra ilha de Galapagos - Isabela, onde ficaremos alguns dias e dai zarparemos para a grande travessia.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Isla Genovesa (Galapagos)

Ontem logo após a rotina de mandar e receber email, percebi uma algazarra no cockpit e corri pra ver.
Era um Atoba que se enroscara na nossa linha e estava sendo rebocado... Pobre ave.
Depois de muita "briga" consegui liberta-lo e ele saiu meio zonzo mas salvou-se.
No meio tempo da briga, dezenas de aves sobrevoavam nosso barco e a ave presa, talvez tentando ajuda-la e outros em busca de peixes. Nesse momento a outra linha levou um puxão que achei ser outra ave.
Não era! Era um belo Wahoo de 20 kilos que deu muito trabalho pra embarcar.
Atrasamos nossa chegada em quase uma hora por conta da operação de embarque de peixe.
Nossa chegada na baia Darwin foi muito linda.
A baia fica dentro da cratera de um vulcão estinto, e tem somente uma passagem para dentro da lagoa calmissima.
Dentro da baia, existe uma pequena praia com areia branquinha onde centenas de aves - Fragatras, atobas de todas as variedades, grazinas, assim como um leão marinho sonolento e outros dois filhotes de focas que pudemos observar.
A grande diferença aqui em Galapagos é que os animais são extremamente dóceis e mansos.
Pra não falar da variedade imensa de espécies.
Passamos uma noite muito agradável, sem balanço e com uma brisa que nos obrigou a usar um lençol.
Acordamos cedo e ja haviam dois pequenos navios cheios de turistas que iriam em pouco tempo povoar "nossa" ilha.
Interessante essa propaganda de proteção ambiental que se faz em torno de parques como estes - me pergunto se não é a industria do turismo que cria dificuldades pra poder vender facilidades!
Bem.. levantamos ancora e estamos seguindo pra San Cristobal, onde faremos nossa entrada oficial em Galapagos.
Em tempo.. ja estava pronto o email pra enviarmos pro servidor para atualizar o blog quando a Sandra me chamou no cockpit pois ela avistara algumas baleias.
Na verdade pudemos ver estes belos animais por mais de uma hora, pois haviam varios grupos de baleias em nosso caminho provavelmente na caça.
Z

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Terra a vista!!!

Depois de uma noite motorando novamente, devido o vento estar soprando em nossa cara, e nos muito cansados para ficar bordeando, estamos a poucas horas de nosso primeiro ancoradouro em Galapagos.
Genovesa, pequena ilha ao norte do arquipelago, baia de Darwin, sera nosso primeira parada.
Estamos muito cansados e não há tempo habil de chegarmos com luz do dia em San Cristobal, ilha que juntamente com Santa Cruz pode-se fazer o "checkin" do barco e da tripulação em territorio Equatoriano.
Assim, amanha cedo zarpamos para Cristobal.
Tempo bom, sol, mar calmo e brisa leve.
Ja sentimos um clima nem mais ameno (estamos ate usando camisetas), que os ultimos meses.
Amanha deveremos cruzar a linha do equador novemente voltando ao Hemisferio Sul.
Nossas linhas na agua so tem tomado banho.. nada de peixe!
Deve ser El Niño.

terça-feira, 13 de abril de 2010

A caminho de Galapagos

Faltam ainda 100 milhas para chegarmos a Galapagos.
Desde nossa saida de Cocos, temos lidado com a ITCZ que continuou a nos importunar por tres dias, com muita chuva, trovoada, pouco vento e as vezes muito (pontualmente).
Motoramos muito, a ponto de refazermos varias vezes os calculos de combustível, já que na etapa Panamá/Cocos haviamos utilizado muito diesel devido a mesma razão.
Para nossa alegria ontem a noite entrou um vento de sudoeste vindo da direção de Galapagos.
Passamos então a orçar alternando longos bordos, mas economizando nosso petroleo.
O mar esta bastante agitado tornando muito disconfortavel a viagem.
Percebemos que a temperatura do mar baixou e junto com isso estamos observando mais peixes saltando e voando (os peixes voadores).
Estamos prevendo chegar em San Cristobal amanha pela manha, se o vento continuar na intensidade e direção que esta.

domingo, 11 de abril de 2010

Em rota para Galapagos

Acordamos bem cedo ontem e depois de algumas horas de arrumação conseguimos zarpar de Cocos com muita dor no coração.
Cada lugar especial que passamos temos esta exata sensação, mas como disse no texto anterior, temos muitos lugares para conhecer ainda e nosso orçamento não é sem limites.
Esqueci de mencionar nos relatos anteriores, que quando chegavamos a Cocos, dois Atobas (passaros) atacaram nossas linhas e foram "fisgados"! Pobres aves...Mas para a felicidade de todos, depois de muito trabalho a Sandra e eu conseguimos soltar os dois dos anzois e linhas e ambos sairam voando como malucos.. mas minutos depois ja estavam atacando as iscas de novo (as iscas sao artificiais, mas va saber se tem sabor ?!)
Desde a saida ontem como sempre motorando mais de 70% da rota devido a ITCZ, que aparentemente estaremos nos livrando hoje.
Temos conversado diariamente pelo radio com barcos que navegam com destino a Galapagos e a Marquesas (nosso destino apos Galapagos). Ontem a noite falamos com nossos amigos do "Zenitude" - Oscar e Graciela, que estão no Panama aguardando pra zarpar pra Galapagos onde nos encontraremos.
Tudo bem a bordo, e para os que quizerem nos localizar no Google, nossa coordenada é : N 4 07' , W 088 13'
Nossa posição esta plotada no link do Sailtrac que esta no blog.

Z

sábado, 10 de abril de 2010

Isla de Cocos - Costa Rica

Foi uma viagem chata e cansativa a que fizemos de Las Perlas/Panama até Isla de Cocos.
Cinco dias de navegação a motor, raramente intercalada com velejada.
Tudo por causa da ITCZ que "mora" nesta região.
Mas fariamos tudo novamente apenas para podermos ver de novo a chegada e os dias que passamos ancorados em Chathan Bay.
Nunca havia visto tanto peixe, em tamanha variedade e em tamanho também. A agua escandalosamente azul escuro com visibilidade que passa os 40 metros.
Cardumes de Xareus (em ingles - Jack), cardumes olhetes, caranhas e etc.
Os tubarões de galha branca estão por toda parte, hora patrulhando a area, hora dormindo na areia.
Tartarugas enormes e mansas, lagostas, peixes, peixes, e mais peixes multicoloridos em cores totalmente diferentes das que ja vi nos lugares onde mergulhamos.
A beleza submarina do local é indescritivel, mas mais indescritivel ainda é a parte de acima da agua.
A natureza foi pródiga com este logal.
O verde explode em toda ilha. Coqueiros, arvores frondosas, palmeiras, folhagens tropicais e a maioria das rochas caprichosamente camufladas com trepadeiras de folhas largas verdissimas.
Onde voce olha, de algum lugar brota um fio de agua doce que corre pela pedra para o mar, quando não o fio de agua, castacas maravilhosas.
Parece cenário de filmes do tipo lagoa azul, misturado com filmes de piratas.
Acho que alonguei um pouco.. :)
Bem, o fato é que todo paraiso tem preço e tem um lado não tão paraiso.
O preço, é 75 dolares por dia de pernoite (barco e dois tripulantes), se houver mergulho de cilindro, são mais 10 dolares por pessoa.. e por ai vai.
As taxas são cobradas por funcionarios do governo Costa Riquenho, a titulo de manutençao do parque marinho.
Certo ou errado, a estada fica cara com o passar dos dias.
A parte negativa do paraiso, fica por conta da ancoragem.
Apesar de haverem algumas boias na baia de Chathan, tida como a melhor ancoragem da ilha, parece uma batedeira a noite toda.
Navegando chacoalhamos menos.
Nos dias que "pernoitamos" aqui, nem o barco descansou!
Como temos muito chão pela frente, e muita ilha pra conhecer, resolvemos zarpar amanha cedinho pra Galapagos.
Serão em torno de 400 milhas, passando novamente pela ITCZ.
Tudo correndo bem, terça feira da semana que vem estaremos aportanto em Isabela, uma das ilhas do arquipelado de Galapagos.
Amanha tem mais..

Z

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Mais um dia motorando.

Não existe nada mais chato num veleiro que o barulho do motor.
A paz e o sossego que as velas cheias nos trazem vão embora quando o motor entra em cena.
Estamos a quase tres dias sem parar navegando somente no motor, devido a total falta de vento que é "compensada" com chuva o dia todo. É a tal da ITCZ que atrapalha a vida dos navegantges (aéreos ou maritimos).
Estão faltando 35 milhas pra chegarmos a Cocos e acredito que deveremos ancorar em Chatham Bay em Cocos as 18 horas horario de Brasilia.
A agua do mar continua quente demais, e acredito ser a razão do sumiço dos peixes que nem sequer mordiscam as iscas.
Ainda bem que ainda temos carne de atum dos primeiros dias.
Estamos bem cansados devido ao desconforto que a navagada com chuva tras, mas logo estaremos ancorados e poderemos descansar.

Z

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Terceiro na rota para Cocos.

Ontem, dia de pascoa foi um tanto nostalgico. Saudades em toda a tripulação, de seus familiares.
O mar estava calmo com pouco vento. Conseguimos velejar 4 a 5 horas, no máximo, depois so motorando.
O primeiro dia fizemos 130 milhas e hoje acredito que não iremos passar de 110 milhas, devido a total falta de vento durante a noite toda (motoramos). Calor, abafado, mar espelhado. Acredito estarmos dentro da ITCZ, com tudo que tem direito... vento calmo, mar calmo e rajadas de vento esporadicas e muito CB na área, com chuva intermitente.
Comemoramos a pascoa com um almoço de Atum ao molho de maracuja e de sobremesa brigadeiro. Tudo uma delicia.
Durante a noite esqueci de recolher uma das linhas de pesca e fui recolhe-la.. tinha apenas a cabeça de um atum que mordeu a isca, e provavelmente foi almoço de pascoa tambem de algum tubarão.

sábado, 3 de abril de 2010

Las Perlas - Isla de Cocos

Depois de dois dias em Las Perlas, chegamos a conclusão que apesar da parte desabitada do arquipelago ser muito linda, pouca coisa tinhamos pra fazer, pois a agua com pouca visibilidade, fria e com muita agua viva, impedia-nos de nadar, ou mergulhar atras de peixe.
A parte habitada do arquipelago, mais parecia um balneario brasileiro em ferias.. cheia de barcos grandes e jetskis por todo lado.
Resolvemos zarpar pra Isla de Cocos, depois das informações do Marino por email.
Assim, as 8:30 levantamos ancora de Perlas e ja estamos navegando a mais de dez horas.
O Pacifico realmente esta calmo.. mas o vento nos ajudou por 8 horas, navegando com 7 nos de velocidade.
Com duas horas de velejada, fisgamos dois atuns de 5 kilos, que ja foram nossa moqueca do almoço.
Vamos ter peixe por uns cinco dias e estou proibido de jogar isca na agua! :(
A Sandra ja esta no descanço e eu no turno...
Amanha tem mais.
Nossa posição atual : 7.39' N , 079.37 W.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Las Perlas

a viagem foi tranquila, e depois de tres horas sem vento, finalmente ele veio acompanhado de uma chuva leve que foi otima pra lavar o barco e refrescar um pouco.
Velejada de 7 nós com mar calmo.. ja haviamos esquecido como era isso.
Chegamos a ilha de Contadora - a mais agitada do arquipelago, com sol.
O local de ancoragem fica de frente a uma bela praia, cheia de casas de estilo bem variavel, do mediterraneo a castelos franceses... A tardinha quando descansavamos no cockpit, começaram a chegar inumeros barcos (imensos) trazendo o pessoal abonado do Panamá para o final de semana prolongado (semana santa).
Vamos explorar a ilha amanhã.

Zarpamos de Panama City

Ontem, Terça Feira acordamos bem cedo para irmos até o Iate Clube Flamenco abastecer.
Aproveitamos para fazermos uma rapida lavagem no barco, para tirar as "marcas" deixadas pelos cabos e pneus sujos que encardiram todo o barco.
Após isto aguardamos o agente que haviamos contratado para providenciar o atestado de fumigação do barco, documento necessario para entrada em Galápagos. O combinado era 9:00 hs da manha, mas o dito cujo apareceu muito tranquilo as 15 horas.
Como resultado, adiamos a partida para hoje, pois tenho receio da saida do Panama que é famosa pela quantidade de detritos nos aguardando na agua, e também não quero chegar a noite em Las Perlas - arquipelago Panamenho, que faremos uma escala em nossa viagem a Galapagos.
Estamos navegando ja tem duas horas, mas sem vento algum, usando nosso precioso diesel.
O tempo esta otimo, porem como disse zero vento e a água pra desespero da Sandra esta gelada (19 graus), em constraste com as aguas do Caribe, perto dos 27.
Deveremos chegar por volta de 15 horas (17 hs horario de Brasilia).

domingo, 28 de março de 2010

No Pacifico

Finalmente depois de muita burocracia, muita ralação, vai e vem interminável até a cidade a fim de prover o barco, recebemos a autorização para o cruzamento do canal.
Montada a tripulação necessária (são exigidos quatro tripulantes mais o capitão), graças a nossos queridos amigos Graciela e Oscar do "Zenitude" e do sempre disposto Steve do "Better days", deixamos a Marina Shelter Bay as 15:10, nos dirigindo até o ponto de econtro dos barcos que irão transitar o canal conosco - o lugar chama-se "Flats".
Mal chegamos já veio a bordo o funcionario da empresa que administra o canal que é responsavel pela navegação dentro das 39 milhas de todo o canal do Atlantico ao Pacifico.
Emiliano, foi o "advisor" que nos acompanhou na primeira etapa, que nos eleva por tres eclusas para mais ou menos 30 metros acima do nivel do mar, para que possamos navegar atraves do lago Gatun, até as outras tres eclusas que nos iraão baixar até o nivel do mar novamente, só que no Oceano Pacífico.
O transito é feito em dois dias, e por volta de 22 horas já estavamos amarrados a uma bóia no lago Gatum.
Passamos a curta e agitada (muitos navios passando no canal que provocavam marolas) e também a algazarra dos macacos que dormen na mata próxima a ancoragem.
Fora isso o pessoal do canal, o Fernando nosso próximo "advisor" embarcou quando ainda estavamos dormindo por volta de 5:50 da manha.
Navegamos por mais de tres horas nos meandros do lago Gatum, vendo paisagens lindissimas da mata panamenha.
Tudo correu bem, exceto no momento que nos desatamos dos outros barcos (São feitas jangadas de tres barcos, um atado ao outro lateralmente para se otimizar e viabilizar a passagem dos veleiros dentro do canal), um dos barcos ao qual estavamos atados foi de uma grosseria impar com a nossa tripulação, talvez pelo fato do barco ser maior que o nosso,  mas o fato é que indignou a todos.
Fato superado, comemoramos com champanhe a chegada ao Pacifico ainda navegando com destino a nosso ancoradouro, o Iate Clube de Balboa, nossa ultima parada em continente americano.

terça-feira, 23 de março de 2010

Colon /Panamá – 23 de Março

Estamos em Colon novamente. Na Marina Shelter Bay, entre muitos barcos com o mesmo objetivo: Pacífico!
Temos que finalizar o tramite legal para a permissão da travessia do Canal. Depois disso ainda temos alguns reparos à fazer no Tutatis e finalmente provisionar o barco para zarpar.
Tanto se fala e se especula em torno do transito do Canal que confesso estar sentindo um frio na barriga pois se tornou um verdadeiro mito entre os cruzeiristas.
As peças que estamos aguardando estão chegando dentro do cronograma esperado. E dessa vez estamos nos organizando mais tranqüilamente e  reservando um tempinho no dia para uma corrida ou uma pedalada pois temos que manter a forma para a nova etapa!

Sandra