quarta-feira, 21 de julho de 2010

Papeete - Moorea

Domingo dia 18/07 duas da tarde deixamos Papeete, rumo a Moorea.
São ilhas próximas (20 milhas), e motoramos o tempo todo. Proximos a Moorea, entrou um vento forte que serviu apenas pra molhar o barco que estava limpinho. Entramos no passe que nos levou direto a bela e imponente baia de Cook, e ancoramos. Detalhe, o motor da ancora pifou, e tivemos de baixar manual.
Foi uma noite agitada, pois o vento que nos recebeu na chegada, apertou mais ainda a noite, sacudindo o barco a noite toda, não nos deixando dormir.
Dia seguinte passei o dia desmontando e consertando o motor.
Ficou 100%!
Final da tarde aproveitamos pra pedalar um pouco e conhecer a vizinhança de nosso ancoradouro.

Apataki - Papeete

Finalmente leme consertado e bem melhor e mais confiável que quando saiu da fabrica. Deu trabalho, demorou mais, e custou mais caro que havíamos planejado, mas sentimo-nos mais seguros agora, sem os constantes solavancos que o leme solto provocava.
Chegou a hora de colocarmos o "Tuta" na água! A manobra deveria ser feita próxima do meio dia, quando a maré estaria na sua cota máxima. Tínhamos pressa, pois a melhor hora para navegarmos pelo passe era em torno de 13:40 até 14:30.
Mas nosso amigo "Murphy" sempre de plantão, estava apenas aguardando para aprontar! Barco na água, ainda na carreta, o Toni me pediu que acionasse o motor para ajudar a nos desligarmos da carreta. Achando que ele já havia verificado se o barco estava com a linha d'água coberta (o pescador de água do motor deveria estar submerso), liguei o motor. Perguntei em seguida ao Toni se ele podia ver a água que circulava pelo motor para refrigerá-lo saindo pelo escape. Ele disse que sim. Fiquei tranqüilo. Passados dois a três minutos percebi alguma coisa errada, o cheiro, o ruído.. não sei. Achei melhor desligar o motor, até porque o pessoal da marina achou que teríamos que aguardar mais meia hora para que a maré subisse um pouco mais.
Murphy já tinha agido!
Meia hora depois como planejamos, o barco estava livre da carreta. Liguei o motor novamente, nos despedimos e rapidamente saímos em direção ao passe. Não demorou mais que 5 minutos para que novamente sentisse algo errado. Um cheiro forte de borracha.. olhei os instrumentos do motor.. temperatura subindo rapidamente.. Apenas cortei o motor e jogamos a ancora onde estávamos.
Para não alongar no relato, duas horas depois, com o rotor da bomba d'água do motor trocada (eu tinha uma reserva), achamos ser tarde pra seguirmos viagem (eram 15 horas já). Explicando : o rotor da bomba desintegrou-se, pois funcionou sem água, devido a falha de comunicação.
Pernoitamos ancorados onde estávamos e dia seguinte por volta do meio dia navegamos até o passe. Como todos os passes nas Toamotus, agua agitada, correnteza vento contra.. tudo que tem direito. E nós, adrenados, super-ligados na manobra.
Dez minutos após, já estávamos navegando fora do atol, com proa do Tahiti - Papeete.
Já estávamos esperando ventos fortes e mar meio agitado, de acordo com as previsões que vínhamos acompanhando há dias. Ainda segundo a previsão, os ventos fortes deveriam permanecer mais uma semana, e não estávamos dispostos a ficar mais tempo em Apataki.
Interessante como nosso referencial de vento forte e mar agitado mudou depois de nossas ultimas travessias. O vento estava em torno de 25 a 30 kt, e o mar com ondas de 3 metros, vindo pela popa.
Foi assim durante o final da tarde, toda a noite e todo o dia seguinte tambem. Navegamos com a "tormentin" e a mestra no segundo rizo, fazendo média de 7,5 a 8 kt.
Quando escureceu no segundo dia, avistamos as luzes de Papeete e Moorea.
Entramos no canal do porto de Papeete, as 23:00 do dia 9 de Julho, e nos amarramos a doca do Iate clube de Papeete meia hora após. Muito bom o sistema de balizamento das ilhas da polinésia, mas melhor ainda a precisão das cartas de navegação que usamos.

Papeete.

Dia seguinte cedo zarpamos do Iate clube com destino a Marina Taina, onde nossos amigos do Zenitude nos aguardavam. A saída do porto foi meio confusa, pois estava havendo competição de Pirogas (canoas polinésias), e a baia estava uma festa.
Chegando na marina, conseguimos uma bóia e pudemos descansar.
Mias tarde descemos em terra firme e fomos até o supermercado comprar limões pra comermos com o Atum que pescamos no caminho.
Foi um choque total nossa entrada no Carrefour. Parecíamos bichos do mato, ou melhor do mar, deslumbrados com a quantidade de comida, bebida, frutas, verduras que não víamos há alguns meses.
O resultado é que do limão que iríamos comprar, acabamos enchendo um carrinho de compras.
A semana voou, entre atividades de provisionamento , consertos e compras de algumas peças de reposição para o barco.
Arriscamos ate uma volta de bicicleta.
Teve atividade cultural - assistimos a uma competição de arremeço de lanças ao coco ! : , e descascamento de coco. Muito interessante! (tudo documentado e prometo atualizar as fotos assim que tivermos internet decente!)
No ultimo dia de nossa estada assistimos a uma competição de danças típicas e cantos. Apesar de longa a programação, no final valeu a pena.
Chegou a hora de zarparmos pra oeste.

Z

domingo, 18 de julho de 2010

Apataki

Depois de muita quebração de cabeça achamos melhor tirar o Tutatis da agua para uma melhor avaliação do problema do leme.
Fora da agua constatamos que foi bem prudente termos tomado esta decisão.
Apesar dos poucos recursos da marina onde estamos, tivemos a sorte de encontrar um barco finlandes que esta ha mais de um ano por aqui, e que a bordo tem pessoas ótimas e muito experientes que estão nos ajudando muito a resolver o problema.
O Tapio e o Miko (pai e filho) são ambos engenheiros, só que em áreas difererentes da minha - mecanica e eletronica, mas com uma grande experiencia em construção e manutenção de veleiros.
A semana passou não tão rapidamente, por conta da luta constante contra os mosquitos, que tornam nossa vida bastante dificil.
Nossa rotina na semana, se resumiu no conserto do leme e na organizaçao e limpeza do barco.
Acredito que quarta feira (depois de amanha) deveremos voltar pra agua.
A familia que toma conta do marina, lideradas pelo Alfred e pela Pauline, tem ainda os pais do Alfred que apesar da idade trabalham o dia todo na ilha, cuidando da produção de copra e produção de ovos, fora isso o Toni que é o filho mais novo e que esta sendo preparado pra tomar conta da marina. Ele que tem feito a parte mais dura do trabalho do leme, pois o acesso ao local é bem pequeno, e precisa alguem com experiencia em fibra e epoxi.

Z