segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Austrália (primeiro mês)

Agora entendo porque tantas pessoas querem ficar por aqui...realmente esse país é tudo de bom!
O Zé foi para Curitiba, após nos instalarmos na Marina e conhecermos um pouco de Manly, onde estamos aqui em Brisbane.Já agilizamos reforma no saco da vela grande ( main) ,assim como um novo rizo na mesma ,que nos permitirá reduzir ainda mais a área velica nos dias de vento forte.Nosso toldinho do Cokpit também será reformado e impermeabilizado,ítem fundamental para nosso conforto à bordo.Tudo estará pronto em meados de dezembro.Apesar do custo de vida aqui ser bem alto,é um lugar extremamente fácil para qualquer tipo de manutenção no barco pois são oferecidos vários serviços de qualidade uma vez que a tradição marítima é forte.Impressionante o numero de embarcações de todo tipo transitando a qualquer hora e  dia da semana!
O Tuta recebeu mais uma visita querida, dessa vez foi a Rita Greca,minha amiga de longa data.Ficou comigo quase três semanas.Estivemos em Sydney e Byron Bay.Lugares que quero dar umas dicas para quem pretende vir para cá.
Em Sydney, além dos pontos turísticos imperdíveis, como a Opera House,Harbour Bridge,The Rocks,Botanic Garden achei demais as praias de Maroubra,Bondai,Manly e Shelly Beach.São praias sossegadas,com muitas ondas para surf e gente de bem com a vida. Os bairros ( subúrbios) Newtown e Paddington são absolutamente pitorescos e até bizarros! As feiras são sempre uma surpresa por lá, como cada bairro de Sydney,na verdade é como um distrito independente,tem sua própria prefeitura e assim por diante,tem também sua personalidade e as “tribos” que os habitam são totalmente diferentes.Nessas feiras,além do artesanato,sempre tem um show além das comidas mais variadas.O bacana de uma feira é que alguém sempre tenta inovar e é claro,os preços são mais acessíveis que no comércio em geral.
Em Byron Bay o astral é diferente.Lá o tempo passou devagar e os hippies que por lá estiveram nos anos 70 foram ficando e a cidade é composta de uma mistura das gerações desde então mas manteve o ritmo de paz e amor.Imperdível a caminhada até o Farol, a Main Beach e a feirinha que acontece aos domingos.Essa realmente ganhou em originalidade!
Bem, toda viagem tem uma roubada...a nossa se chamou Nimbin.Fomos até lá conferir o que seria de fato a maior comunidade hippie da Austrália e nos decepcionamos .Fui esperando cultivo de alimentos orgânicos, roupas tingidas à mão,brincos de miçangas...encontrei uma cidade linda por natureza,mas triste,suja e com decadente comércio apelativo de produtos com a estampa de uma folha de maconha.Na verdade quase tudo lá,gira em torno da própria e foi difícil até mesmo encontrarmos um local mais “corado” para comer.Aliás,café e bolinho da melhor tradição inglesa que valeram a empreitada.Voltamos rapidinho para aproveitar o resto do dia na praia de Baron Bay.
De volta à Brisbane, fizemos ainda um passeio turístico para ela conhecer no centro da cidade, o South Bank onde fica o centro cultural bem em frente ao Brisbane River.Brisbane tem de fato ares de primeiro mundo.Uma charmosa e muito bem dosada mescla de antigo e moderno são cenário comum para pessoas que parecem transitar sem tanta pressa e tensão. O povo em maioria é de classe média.Nada de mais, nada de menos .Muito agradável não sentir o choque entre as classes que infelizmente,estamos acostumados em nosso país.
A Rita voltou para o Brasil e eu voltei ao batente no Tuta, do que já estava sentindo falta.A noite ele me acorda,balançando os cabos como quem diz: “ E daí marinheira...vamos? ” , nada disso rapaz, agüenta firme , sem o Capitão à bordo nada feito.Temos que ficar aqui na marina bem protegidos mais um tempo aguardando ele voltar.
Sandra