terça-feira, 7 de junho de 2011

Ainda em Bali

A semana em Bali passou rapidamente.
Fizemos varios passeios pela ilha - aventuras digamos assim, de bicicleta, de carro com motorista (guia) e de carro comigo ao volante.
Me refiro a aventura, pois Bali tem o transito mais caótico que já conheci.
Bali tem oficialmente 3,5 milhões de habitantes, fora os turistas que são despejados pelas centenas de voos diários vindos das mais diversas capitais mundiais. Difícil dizer com números oficiais, mas acredito que mais da metade da população tem pelo menos uma moto (senão duas, ditos por eles mesmos). Quem não tem moto, tem carro, e quem não tem nenhum nem outro, anda pelas ruas - pelas ruas mesmo, pois calçada é coisa que não existe por aqui.
Da pra imaginar a confusão!
Mais incrivel é que não vimos um acidente sequer!
Acho que Buda, Alah e papai do céu fazem plantão alternado para cuidar das almas de Bali.
O fato é que nós ocidentais e principalmente a gente que esta meio bem bicho do mar, ficamos arrepiados com tanta confusão, barulho e imprudencia.
Tirando isso, pudemos curtir um pouco da cultura totalmente diferente que estamos acostumados, assim como ver belas paisagens que ainda restam nesse pedaço de paraíso castigado pela mão do homem.
Decidimos sair um pouco do ambiente da marina e fomos em busca de lugares menos habitados e aguas mais limpas para que pudesse finalmente mergulhar e inspecionar a rabeta * (no final eu conto oque suspeito tenha sido a vibração que nos acompanhou parte da travessia Australia-Bali.
Deixamos a marina com os tanques de diesel cheios (alias diesel bem caro, pois a marina espertamente contrata um barco abastecedor e cobra 50% mais caro por isso), e os tanques de agua potavel cheios de agua mineral ! (que é barata, e é a única opção alias). Nosso destino, as ilhas de Gili, ao norte de Lambok- ilha vizinha a Bali.
Subimos a costa de Bali rumo norte, evitando a forte correnteza que nesta época do ano flue de norte para sul.
Pudemos ver as paisagens da costa balinesa de perto, onde se destavavam as praias de areia escura (vulcanica), da exuberancia das cores das matas e do céu e da silhueta dos vulcões que compõe a paisagem.
Como haviamos saido um pouco tarde da Marina, achamos melhor pernoitar numa enseada da costa norte de Bali, onde pude mergulhar finalmente para verificar a ancora e checar o fundo do barco.
Oque vi foram marcas bem fortes de que algo (rede ou pedaço de rede ou um cabo grosso) que se engatara na bolina/hélice do Tutatis.
Dai a vibração.
Durante a travessia eu tentei verificarpor fora se havia algum pedaço de detrito sendo arrastado, mas nada constatei.
Provavelmente oque se engatou era curto, mas com tamanho sufuciente para desbalancear o giro do hélice.
A noite foi meio bem agitada, pois o swell nos castigou fazendo o barco parecer que navegava.
Dia seguinte cedo, levantamos ancora e prosseguimos nossa viagem.
Chegamos a Gili Trewangan por volta de 13:00hs, e nos amarramos a uma bóia - não da pra ancorar nessas ilhas, pois alem de fundo, a variação das marés faz a correnteza chegar aos 4/5 kt, tornando a ancoragem perigosa (o fundo é de rocha coberta de corais).
As ilhas Gili, tem "astral" bem destintos.
A primeira que chegamos é bem agitada, cheia de hoteis e pousadas e varias dezenas de restaurantes, com muita gente jovem e barulho até de madrugada. Na rua oferecem todo tipo de droga( discretamente) e o comércio de cogumelos alucinogenos é livre.
Em algumas casas tem outdoors com os dizeres "tickets to de moon" e os cogumelos ilutrando o poster.
Diferenças culturais...
A segunda - Gili Meno, é quase despovoada, apenas com um ou dois pequenos hotéis e alguns habitantes e a terceira, Gili Air, foi a que mais nos indentificamos. Parece que é uma Gili Trawangan de antigamente, de vinte ou trinta anos atras.
Bem calma, com hoteis e pousadas, assim como restaurantes, porem sem agito e o tipo de turista, mais alternativo e com mais idade, que busca sossego e reflexão.
A ancoragem é a melhor que ja tivemos na Indonésia, pois fica no meio de corais dos dois lados e pelo lado do fundo a ilha, então é muito calma e para completar a noite vem o vento das montanhas de Lambok que descem bem geladinho e deixam o barco bem fresquinho para dormirmos.
A semana passou rapidamente também, entre mergulhos e caminhadas.
Agora estamos decidindo que caminho tomamos, para dar continuidade a nossa viagem.

Z

2 comentários:

polaca disse...

Deixem de ser preguiçosos e postem mais notícias. Adoro viajar com vcs...

polaca disse...

Deixem de ser preguiçosos e postem mais notícias. Adoro"viajar" com vcs...