sexta-feira, 18 de abril de 2008

Recife/Natal/Fortaleza

Concluimos que o melhor seria zarparmos naquela noite mesmo.
E assim o fizemos.
A saída foi muito linda, em meio ao colorido das luzes do canal e da cidade.













A velejada começou bem, mas logo iniciou uma chuva constante que ficou conosco a noite toda...
No dia seguinte com a melhoria do tempo, arriscamos jogar nossas linhas de pesca.
Mal lançamos a primeira isca, um violento puxão arrancou o carretel da linha e este caiu no mar – ainda bem que o amarrei a um cabo grosso, junto ao console do timão.
Foi uma bela briga entre eu e o Luiz contra o dourado...
Pelo menos uns 10 kilos de carne de primeira foi o resultado da pesca.



















O menu dos próximos dias foi dourado, assado, gralhado, no vapor...














Nosso plano inicial era seguirmos direto para Fortaleza, mas chegada a noite, com a falta de vento, concluimos que dificilmente conseguiriamos chegar em Fortaleza em tempo do Luiz pegar o voo pra casa.
Assim, resolvemos fazer uma escala em Natal.
A chegada em Natal foi naquela noite mesmo.
Na chegada, logo no canal de entrada no Rio Potengi, demos de cara com uma ponte imensa ( a Ponte do todos) que não constava na carta.














A duvida era saber se haveira altura suficiente para passarmos sob ela.
Chuva, vento e noite, dificultam bastante a visibilidade e o raciocinio.
Pra completar tive uma pane do sistema de gps do ploter, que simplesmente se deslocou quase uma milha para a direita, mostrando que estavamos exatamente em cima do continente, quando estavamos no canal.
Por via das duvidas, achei melhor retornar para o mar aberto, a fim de termos tempo de raciocinar novamente.













Conseguimos ter informações da ponte com a ajuda da Bia, filha do Luiz via celular/internet.
A ponte teria 55 metros de vão livre, contra os 18 metros do mastro do barco.
O Ploter voltou a funcionar novamente, e proseguimos para o canal novamente.
Chegamos ao ancoradouro do iate clube do Natal, jogamos o ferro e fomos dormir.
Dia seguinte, o Luiz alugou um carro enquanto lidavamos com obtenção de agua e diesel.
Passeamos pela cidade e pegamos uma praia no final da tarde.
A noite o Luiz se foi...
Deixou saudades.
Dia seguinte cedo zarpamos para Fortaleza.
Ja de saida sentimos o vento que entrava mais forte.
Velejamos quase que 80% da viagem, ao contrario das etapas no sul.
Quando tomamos a proa de Fortaleza, finalmente, tivemos vento totalmente de popa, com intensidades variando de 12 a 20 nós o tempo todo.
Tinhamos a nosso favor também a correnteza que acrescia 1,2 nós a nossa velocidade.
faltando 15 milhas para chegar a nosso destino, ja na madrugada do dia 17, pegamos uma tempestade intensa com ventos de 28 a 30 nós, e muita agua.. muita agua, que durou quase 3 horas, atrasando nossa chegada.
Atracamos as 5 da manha no pier do Marina Park hotel, e fomos dormir.

Um comentário:

LUIZ disse...

Zé e Sandra,
Foram 3 dias maravilhosos que passei com vcs. Nem notei a chuva e a falta de vento. Valeu a conversa, a noite navegando, o douradão (no mar e na panela)e a paz que vcs me transmitiram. Espero vê-los em breve em alguma escala.

Obrigado por tudo,

Luiz