sábado, 9 de abril de 2011

Gold Coast / Mooloolaba

Os nomes de algunas localidades, ríos, parques e outras coisas mais aquí na Australia, são bem interessantes. Mooloolaba é um exemplo disso e como a maioria dos nomes esquisitos aqui, eles tem origem do aborígenes. Mooloolaba segundo pesquisei, diz respeito a uma cobra negra (mulla). Historia a parte, permanecemos em Gold Coast por mais de uma semana, e neste período enquanto aguardava a chegada do sistema AIS * que resolvi instalar no barco, entre um passeio de bike, muita chuva e algumas idas úmidas ao supermercado, deixei preparada toda a fiação dos instrumentos que iria instalar. Após receber o material, gastei mais um dia inteiro para finalizar, ajustar e testar o funcionamento do novo brinquedo. AIS * - Sistema Automático de Identificação - Este eletrônico, faz basicamente o que o TCAS (Traficc Colision Avoidance System) faz nos aviões, ou seja, você consegue "enxergar" os barcos e navios (principalmente) que estão a seu redor num raio de até 40 milhas, com informações precisas de proa, velocidade, deslocamento, destino, nome do barco, tipo de barco e mais outros itens. Isso complementa as informações que temos no radar que simplesmente apresenta um ponto na tela. Resumindo, torna nossas viagens mais seguras, principalmente a noite. Quem quiser ler mais sobre o assunto - http://en.wikipedia.org/wiki/Automatic_Identification_System Valeu a trabalheira, pois tudo funcionou como o previsto. Podemos monitorar os barcos tanto de dentro da cabine na tela do computador como na tela do nosso plotter no cockpit. Tive algum trabalho também por conta da adaptação do filtro do racor que apesar de pedido corretamente veio com a rosca diferente. Tivemos a visita de nosso amigo Bruno, que esta morando/ estudando em Brisbane, e veio a bordo para ver como é nossa vida e trocarmos algumas idéias. Tratamos de abastecer o barco e aproveitarmos a janela que se abriu para avançarmos mais ao norte, pois nossa data de 27/04 quando expira nosso visto na Australia esta chegando. Levantamos ancora cedo deixando pela ultima vez Gold Coast para traz. Ja sabíamos que a viagem seria chata, pois a previsão dava ventos de 20 kt, rajadas de até 25 na popa, com mar grande pela lateral. Lembramos as travessias do ano passado… muito rock and roll - mais roll que rock pra falar a verdade. Chegamos a Mooloolaba bem tarde (23:00), mas foi uma chegada tranqüila por conta da boa sinalização do canal. Cansados, nos amarramos ao píer da Marina e dormimos. Dia seguinte, mudamos o barco de lugar para que eu pudesse consertar o carrinho da ancora que estava com problemas. Rotina normal de limpeza, consertos e etc. Saímos com as bikes para conhecermos a cidade, alias muito linda. A praia apesar de bela, não nos inspira a menor vontade de entrar na água, pois é gelada, e o tempo ja percebemos a mudança da estação que a cada dia esfria mais. Verifico diariamente as condições de tempo e previsões que nos esperam ao norte. Incrível como a meteorologia que aprendi não serve pra muita coisa por aqui. Não existe nenhuma frente fria ou quente, não existe nenhuma oclusão, não existe absolutamente nada que justifique esse vento indecente que castiga a gente por mais de uma semana. A noite a gente ouve o gemido dos cabos do Tuta reclamando de intensidade do vento. Chuva intermitente, intercalada com rajadas de vento que jogam o barco contra o pier da marina. Assim foi nossa estada em Mooloolaba. Finalmente, depois de três dias de espera, apareceu uma janelinha menos ruim que nos possibilitou sair. Abaixo de chuva, claro, e vento fraco a principio que logo mostrou a cara não tão amiga. Z

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