domingo, 16 de outubro de 2011

Deixando Port Louis (Mauritius)

Tivemos uma semana agitada envolvidos com o conserto do motor, provisionamento do barco, algumas manutenções e alguns passeios pela cidade e pela ilha que se mostrou muito bela, numa variedade de paisagens misturadas entre matas densas, plantações de cana de açucar, cultivo de horti-fruti, crateras de vulcões extintos e principalemente as lindas vistas do mar.
O povo da ilha, em sua maioria de origem indu, muito simpatico e prestativo, sempre prontos a ajudar-nos.
A marina onde permanecemos estes dias é pequena (tivemos que atracar o Tutatis no contrabordo de nossos amigos Dinamarqueses), mas muito simpática. Noites tranquilas quando pudemos descançar e quase esquecer os dias difíceis da travessia anterior.
Ja estavamos fazendo amizade com os tripulantes dos barcos vizinhos e com o pessoal da marina, sinal que ja era hora de zarparmos.
Preparamos tudo para deixarmos a marina no domingo pela manhã.
Acordamos cedo como sempre o fazemos no dia da saida e depois de algumas horas envolvidos com burocracia e os ultimos detalhes de preparação do barco, finalmente soltamos nossas amarras do cais por volta de 11 horas da manhã.
Combinamos com o pessoal do Exabyte de seguirmos juntos até uma enseada ao sul da ilha de nome Riviere Noir, onde pretendiamos mergulhar para inspecionar o fundo de nossos barcos antes da outra grande travessia - talvez a mais dura da viagem.
Nestas tres horas de navegação o Jorgen (filho mais velho do casal) veio com a gente, nos ajudando e trimando nossas velas ao estilo dos regateiros nordicos.
Aprendemos alguns macetes com ele, e pudemos desfrutar de sua agradável companhia.
Os garotos começaram a velajar antes de começar a andar, e a cultura de vela faz parte de suas rotinas.
Foi muito legal ve-lo pular de um canto para o outro do barco observando o shape das velas, a tensão dos cabos e etc.
Ele ainda montou um recurso com uma polia no bordo do barco, para melhorar a perfomance da genoa com ventos de popa e realemente funcionou.
Pena não podermos contar com ele o tempo todo - seria ótimo!
Após baixarmos a ancora, o pessoal da guarda costeira veio a nosso encontro, pedindo documentos e etc.. resumindo, não queriam nossa presença, pois já haviamos feito a saida do país.
Depois de muito argumentarmos, conseguimos convence-los que a parada era técnica e que dia seguinte zarpariamos cedo.
E de fato foi técnica, pois quando estavamos motorando para ancorar o barco, a temperatura do motor subiu estupidamente.. la vou eu novamente sujar a mão de graxa!
Acredito ser somente o liquido de arrefecimento quer foi trocado e talvez não tenha sido completado adequadamente, ou a valvula termostatica que ja passou da hora de trocar. Como recebi uma nova da encomenda que fiz, vou substitui-la e ver no que da.
Hoje já é Segunda Feira de manhã, daqui a pouco vou mergulhar ( a contra-gosto, pois a agua esta um gelo ), e logo depois vamos zarpar com destino a Reunion, onde aguardaremos uma boa janela para segurimos para a África.

Z

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